A 3ª Meia Maratona não foi marcada apenas pela competitividade, afinal a maioria dos mais de mil participantes não buscava o título. O principal objetivo dos corredores considerados amadores era completar o percurso e superar a chuva e o frio.
Antes da largada, os participantes mostravam expectativa e ansiedade em meio ao clima festivo que tomou conta da concentração no local de partida. Apesar das dificuldades naturais do percurso e dos fatores climáticos, tudo transcorreu bem. No final, todos revelavam satisfação com a missão cumprida.
Depoimentos – Segundo atleta mais idoso entre os homens, Alceu Moojen Chaves, 77 anos, foi o segundo colocado na sua categoria. Natural de São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul, ele corre desde 1950. Já esteve em tantas provas que até perdeu a conta. O certo é que garantiu mais um troféu e uma medalha para sua coleção de duas mil. “Esse clima não me atrapalhou, nem mesmo a subida. Achei a prova bem organizada e a cidade, linda. Vim para passear e correr. Vou embora contente", afirmou o professor aposentado.
Com bem menos tempo de “chão”, porém a mesma paixão pela corrida de rua, a funcionária pública Roseli Aparecida Barbosa venceu uma indisposição para chegar ao fim da prova. Com 39 anos e natural de Guaratuba, no litoral do Paraná, ela contou ter passado mal em alguns trechos. “Até vomitei, mas me recuperei e cheguei quase inteira, em 2 horas e 40 minutos.”
O casal paulista Sérgio Quadros e Maria Cristina Bottallo veio para Foz do Iguaçu participar pela primeira vez de uma meia maratona. A escolha foi em virtude do percurso, que inclui o Parque Nacional. Lado a lado desde a largada, no fim ela marcou um tempo pouco melhor do que o dele. A corredora completou em 2 horas e 17 minutos; o marido chegou três segundos atrás. “O clima estava bom. A prova estava bem organizada, com postos de distribuição de água nos locais certos”, comentou Quadros.
Emerson Leandro Comiran, 36 anos, é contador por profissão e atleta de coração. Em sete anos, já disputou 170 corridas, entre as quais seis maratonas e cinco meias maratonas. Ele veio com a meta de concluir os 21 quilômetros em duas horas, mas conseguiu igualar a marca do ano passado: 1 hora e 49 minutos. “Estou muito contente com meu desempenho, porque dias atrás tive uma distensão na panturrilha esquerda durante o Desafio de Urubici, em Santa Catarina, onde terminei os 50 quilômetros em montanha em 4 horas e 46 minutos”, contou.
Também satisfeito após a chegada estava Bruno Marques Nascimento, estudante de Farmácia. O gaúcho, que corre há apenas um ano, já participou de 13 competições. Ele finalizou a prova em 1 hora e 49 minutos, tempo “bom pela dificuldade do percurso. A chuva também esfriou o corpo, e nas proximidades do trevo do aeroporto começou uma fadiga, mas deu pra manter”.
A engenheira civil curitibana Juliana Seixas Pilotto pratica corrida há dois anos. Prestes a enfrentar a primeira meia maratona, pretendia concluir os 21 quilômetros em torno de duas horas. E conseguiu, com 2 horas e 1 minuto. “Estou muito feliz. Foi uma prova difícil, com muitas subidas. Mas quando chega aqui no parque, compensa o esforço. É de arrepiar e motiva a voltar no ano que vem”, confessou.
