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Corrupção: um mal exclusivamente brasileiro?

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Algo próximo a R$ 400 bi por ano. Esta é a estimativa da Comissão Européia, parte do Poder Executivo da UE.

A Comissão apresentou na terça-feira (04/02/2014) um estudo inédito sobre o tema.

Além de estimativas sobre o duto de desvio de dinheiro no bloco, traz uma pesquisa sobre o aumento da percepção da corrupção por parte dos cidadãos.

Conforme publicado no diário espanhol El País, três em cada quatro europeus acreditam estar sendo, atualmente, mais roubados por seus governantes do que outrora, principalmente após a crise de 2008. Em alguns países, como a Grécia, Itália e Espanha, os níveis de percepção da corrupção chegam a 99, 97 e 95%, respectivamente. Números, no mínimo, alarmantes.

Cabe a nós, brasileiros e brasileiras, combatendo nosso famoso espírito de vira-latas, fazermos uma reflexão sobre tais números.

Em primeiro lugar, enterrar o discurso, feito por muitos por aqui, de que a Europa é o oásis encantado e devemos nos espelhar no velho continente se quisermos ser civilizados.

Há, em cada lugar, mesmo no mundo globalizado, pecularidades, tanto na percepção, como no combate aos males sociais, como a corrupção.

Apesar da sabia corrupção crônica, o Brasil vem criando mecanismos, cada vez mais eficazes, de combate aos desvios de recursos públicos e tem dado exemplo ao mundo no que diz respeito às investigações e identificação de curruptos.

Vide a nova Lei anti-corrupção, que, pela primeira vez inclui no pacote de penalidades, corruptores e empresas coniventes com práticas ilícitas em relação aos recursos do Estado. Acredito, no entanto, ser fundamental aprimorar o modelo de penalidades e tirar da grande mídia o poder de pressão sobre investigações e nos julgamentos.

Apesar do discurso vazio de muitos, o Brasil não é a fruta podre do mundo.

Somos parte de um contexto.

Devemos entender o quanto nosso país é muito grande – territorialmente continental e, assim, exige muitos mecanismos de controle, especialmente o controle social – e o quanto queremos uma nação ainda melhor para.

Vamos encontrar nosso caminho de combate à corrupção, educando nosso povo, escolhendo melhor nossos governantes e, é claro, colocando na cadeia aqueles fazem particular aquilo que é público.

 


 

* Luiz Henrique Dias é escritor e adorador de canetas e cadernetas. Ele frequente lojas de materiais escolares e livrarias, sempre em busca de um bom atendimento e respeito. Quando não encontra, ele se frustra um pouco mais com a raça humana. "Mas só um pouco" – diz ele. Siga no Twitter também: @luizhdias

 

 

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