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Cotidiano limitado

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 Pouco pensamos. Eu diria.
 
Hoje o mundo é das frases feitas e das palavras poucas.
 
Pouco amamos, eu constataria.
 
Hoje os amores são efêmeros, quando existem. 
 
E assim seguimos caminhando nessa cidade, com todo o potencial para ser única, diferente, singela, mas que responde aos estímulos da oportunidade colocando carros e mais carros nas ruas e avenidas surradas pelo crescimento logaritmo da frota e colocando mais pessoas em menos ônibus. 
 
“Temos água, muita água, e a maior obra de engenharia do mundo”, diria um amigo. Eu digo mais: temos uma universidade federal, uma fronteira única, um povo miscigenado e conhecedor da palavra “convívio” como nenhum outro. Temos isso tudo em uma cidade de pouco menos de 300 mil habitantes. Coisa rara? Sim. E nós conquistamos. 
 
Agora talvez seja a hora de discutirmos essa cidade, criar oportunidades limpas e sustentáveis, de valor agregado, para nossos cidadãos do hoje e nossos filhos do amanhã. Vamos cuidar bem do turista, nossa fonte de renda limpa. Vamos evitar jogar o lixo nas ruas. Vamos respeitar mais o pedestre, o ciclista. Vamos ser pedestres, ciclistas. Vamos arrumar nossas calçadas e mostrar ao mundo nossos cegos, idosos e cadeirantes. Mostrar o quanto aqui eles andam pela rua sem obstáculos. 
 
Vamos reconstruir nosso transporte coletivo para tentar levar as pessoas de casa ao trabalho ou ao estudo em meios de transporte limpos, seguros, confortáveis e baratos e, assim, tirar um pouco desses carros das ruas. 
 
Sempre digo: Foz não precisa tanto de viadutos. Precisa de consciência. Consciência política e consciência cidadã. Foz não precisa de ajuda. Precisa se ajudar. Precisa parar de reclamar e apresentar soluções inéditas e criativas para seus problemas. 
 
Assim, caro amigo, leitor, vizinho, navegante, convido você a participar semanalmente desse espaço de discussão aqui no Clickfoz. O convite de escrever por aqui foi uma honra, exige responsabilidade. Vamos aproveitar ao máximo e tentar pensar uma cidade como nós queremos. 
 
Até semana que vem
 

 
 

Luiz Henrique Dias é escritor, membro do Núcleo de Dramaturgia do SESI Curitiba e estudante de Arquitetura & Urbanismo e Gestão Pública. Ele escreverá todas as semanas aqui no Clickfoz. Se quiser, você também pode visitar o www.blogdoluiz.com.br ou seguir ele no Twitter: @LuizHDias

 

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