Previous slide
Next slide

Domingo de sol e som

Previous slide
Next slide

 

Foi um domingo sensacional, sim, de muito calor, mas de céu muito bonito, desses que Foz do Iguaçu sabe fazer com maestria. Aos poucos pessoas de todas as cores e belezas juntaram-se na calçada, na rua, embaixo de árvores, enfim, onde foi possível.

O Bar do Bobih localizado na Avenida das Cataras, no décimo quinto dia do ano de 2012 foi marcado por boas energias, diversão e principalmente música de qualidade, dessas que a gente nunca ouve por aí com facilidade como, por exemplo, nesses carros que andam com o som absurdamente alto, aliás, por que será que nunca vemos esses carros com músicas, digamos, mais interessantes? Bom, na verdade o bom mesmo seria se todas as pessoas ouvissem suas músicas referentes aos seus gostos em seus respectivos carros com um volume mais necessariamente adequado. Mas essa é uma questão de comportamento que, inclusive, já foi comentado aqui nesse espaço.

O que receberá destaque na coluna de hoje é a iniciativa dos idealizadores do encontro no Bar do Bobih do último dia 15, pois apesar de todas as dificuldades, os mesmos escolheram realizar uma atividade cultural gratuita de tamanha importância para o público iguaçuense que tem poucas opções para encontrar amigos e ouvir boas músicas, principalmente em um domingo de sol.

Seria muito bom se alguns empresários, o poder público e alguns comerciantes tivessem a percepção que há público em nossa cidade para diferentes gostos musicais e assim, oferecer um repertório que pudesse sair da linha do sertanejo, por exemplo, afinal, esse estilo é facilmente encontrado em muitos locais, inclusive nos carros os quais mencionei acima. Não se trata da extinção do tal estilo, pois sei que isso seria impossível diante dos numerosos apreciadores, apenas penso que seria inteligente direcionarem os olhos e os ouvidos também para outro som, especialmente àquele que é feito por ótimos músicos de Foz do Iguaçu.

Creio que ações como a que ocorreu no Bar do Bobih deviam ser mais fomentadas, pois é assim que se tira o indivíduo de casa e lhe proporciona a cultura do interagir, do prestigiar arte nossa, enfim, uma cultura poética e bonita.



 
 

 

 

 

*Claudia Ribeiro é  atriz, contadora de história, produtora, dramaturga e professora.

 

 

 

 

Previous slide
Next slide