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É ir além de ser ou não ser o primeiro

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Foto: Divulgação
Estádio do Pacaembu é um dos mais usados pelo Corinthians

Na última quarta-feira (1º) o Sport Club Corinthians Paulista completou um século de atuação no futebol. O que começou como um time de várzea, fundado por um grupo de operários do bairro do Bom Retiro, hoje é um dos times profissionais mais populares do Brasil com mais de 30 milhões de torcedores.

O Corinthians foi primeiro time do futebol brasileiro a ultrapassar a marca dos 100 gols em um campeonato oficial, quando fez 103 em apenas 28 jogos no Campeonato Paulista de 1951. O Corinthians também é responsável pela maior goleada ocorrida até hoje em um Campeonato Brasileiro: 10 a 1 sobre o Tiradentes (PI), em 1983. O clube alvinegro foi ainda o primeiro a representar oficialmente a Seleção Brasileira de Futebol, foi em um amistoso contra o Arsenal, da Inglaterra, em 1965.

Mas, melhor não me alongar muito na história do clube. Isso, quem já não está careca de saber, poderá assimilar mais detalhadamente nos livros de história do futebol. Mais do que para informar curiosidades ou citar fatos marcantes da história do clube vou utilizar esse espaço para discutir um sentimento em comum a toda a nação alvinegra: amor.

Poucas paixões movem tanta dedicação como a devoção do torcedor corinthiano. Em primeiro, na metade ou no fim da tabela; na série B, na série A; corinthiano é fanático e devoto ao clube.

Vale parabenizar a torcida que agora terá o próprio estádio. Verdade que já tem vários: Alfredo Schürig (a Fazendinha tem capacidade para aproximadamente 18 mil pessoas, número fora da realidade da imensa nação de torcedores); Pacaembu (muitos defendem como a verdadeira casa do Timão) e Morumbi (outro salão de festas emprestado e abandonado na gestão de Andrés Sanchez). Mas, o “Fielzão” vem pra engrandecer ainda mais a estrutura do Corinthians e dar uma cara definitiva (além de renda) para os clássicos sob o mando do clube.

E que estrutura. A presidência de Andrés Sanchez veio para corrigir erros históricos de desatenção com o potencial do clube, para não citar roubalheiras, como a da gestão de Dualib. Na gestão de Sanchez, a camiseta do Corinthians, em plena série B, foi a mais valorizada comercialmente de todo o futebol nacional. Ações de marketing fantásticas, como a bela festa da virada da última quarta-feira. Isso, sem falar, nos títulos: Série B, Paulista invicto e Copa do Brasil.

Na festa de quarta-feira, Neto profetizou: “Com a estrutura que foi deixada, o Corinthians leva duas Libertadores e mais um mundial até 2015”. Mas, o Doutor Sócrates, outro grande ídolo da torcida, conhecido na década de 80 tanto pela devoção à Democracia Corinthiana como pelo calcanhar de ouro, já bem definiu que títulos são momento de epifania e o que o corinthiano leva de melhor consigo é a alegria de torcer pelo time.

E é isso que o torcedor mais tem para celebrar nessa data. Não é o recorde de títulos do Campeonato Paulista e do extinto Rio-São Paulo. Não é o primeiro (contestado) Mundial de Clubes da FIFA. Não são os sete títulos nacionais (Brasileirão e Copa do Brasil). Mas sim, essa alegria de ser corinthiano. Nas palavras de Toquinho: “Ser corinthiano é ir além, de ser ou não ser o primeiro. Ser Corinthiano é ser também, um pouco mais Brasileiro”.

E na Europa… – Um talento e uma incógnita. O Milan montou o “dream team” da temporada. Com Pato, Gaúcho, Ibra e Robinho há quem aposte todas as fichas e mais um pouco no sucesso do clube italiano. Eu já fico com um pé atrás… É verdade, sim, que tem tudo pra dar certo. Acredito que o time que tem Ibrahimovic jogando, tem 12 jogadores em campo. O sueco vale por dois! Já Robinho… Jogador mais de lua não há. Um talento quando quer, uma pedra no sapato quando contrariado. No Santos foi estrela e conseguiu brilhar novamente. No Manchester City, mostrou que o ego está acima do profissionalismo e descartou o clube como quem descarta fraldas usadas. Guardiola fez bem em preterir Robinho, um jogador que é tão talentoso quanto genioso como ele pode tanto turbinar o time como desestabilizar completamente o clima da casa.

De certeza, só uma: é o fim do reinado do Real Madrid no Winning Eleven.

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