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Escolas estaduais do Porto Meira são interditadas pela Defesa Civil

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Mais de duas semanas depois da destruição causada pelo temporal de granizo, os transtornos parecem não ter fim para a comunidade da região do Porto Meira, a mais atingida pela forte chuva ocorrida no dia 07 de setembro. Não bastassem os estragos nas casas e a perda de roupas, eletrodomésticos e móveis, duas escolas estaduais acabam de ser interditadas pela Defesa Civil de Foz do Iguaçu, pois suas estruturas apresentam riscos para alunos, professores e funcionários.

O Colégio Estadual Três Fronteiras foi interditado e sem previsão para a volta às aulas. O telhado da instituição foi  seriamente danificado com as pedras de granizo e a chuva ficou acumulada na laje, podendo comprometer ainda mais a edificação caso a escola não seja reformada com rapidez. Como paliativo, a Defesa Civil irá solicitar ao Corpo de Bombeiro a instalação de lonas na tentativa de evitar maiores estragos, pois há previsão de chuvas para esta semana. Somente a secretaria da instituição permanece em funcionamento.

O Colégio Estadual Juscelino Kubitschek está com dois pavilhões interditados e as aulas estão sendo realizadas em sistema de rodízio, em apenas quatro salas que ainda oferecem condições de uso. Para os alunos do período noturno, as atividades letivas são realizadas em um espaço improvisado, emprestado por uma uma entidade social do bairro. O temporal destruiu parte dos telhados e das janelas da escola, e a infiltração de água comprometeu as instalações elétricas e danificou equipamentos e móveis.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Evaldo Monteiro Guimarães, os laudos das escolas ficarão prontos até o final de semana. “As áreas interditadas das duas escolas não oferecem condições de segurança. Antes das reformas, não é possível ter aula nestes locais. Vamos continuar avaliando as condições do Colégio JK, que poderá sofrer interdição maior em sua estrutura”, explica Guimarães, que está elaborando o laudo técnico juntamente com o engenheiro da Defesa Civil.

SEM OBRAS – Enquanto o problema da estrutura das escolas estaduais do Porto Meira não é resolvido, alunos, professores e pais pagam o preço da lentidão do Governo do Estado, pois centenas de estudantes estão sem aula ou frequentam atividades em condições precárias. Para o presidente da APP-Sindicato/Foz, Fabiano Severino, o momento requer ação concreta e imediata da administração estadual, para que que os prejuízos não continuem a aumentar.

“O Governo Estadual deve agilizar os trâmites e tomar medidas efetivas, considerando que a prioridade é a retomada das aulas e a normalidade do funcionamento das instituições. Não entendemos o motivo da demora, pois  foi homologado o estado de emergência para Foz do Iguaçu no âmbito estadual, permitindo a contratação de serviços e materiais em condições muito rápidas”, defende o Fabiano Severino, que é pedagogo no Colégio Três Fronteiras.

Para o dirigente sindical, a demora na tomada de medidas e soluções reflete o distanciamento do governador Beto Richa com a educação do Paraná. “Quanto visitou famílias iguaçuenses atingidas pelo temporal, o governador não esteve em nenhuma escola da rede estadual afetada pela chuva. Na época, alguns estabelecimentos serviram de espaços de apoio, abrigo e refeitório para os desabrigados, mas nem assim ele teve solidariedade com educadores”, expõe Fabiano Severino.

 
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