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Festival 3 Fronteiras encerra em grande estilo em Foz do Iguaçu

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O que acontece quando se reúnem no mesmo palco grandes nomes da música clássica com estudantes do Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e Chile? Música clássica com toda riqueza e diversidade da cultura latina. Foi assim que o Festival 3 Fronteiras se despediu de Foz do Iguaçu, na noite de ontem, 15, em um concerto que lotou o auditório da Unioeste.

Sob a regência do Maestro Jean Reis, a orquestra que reviveu clássicos como as composições de António Vivaldi e Arthur Foote passando por produções autorais contemporâneas do solista Felipe Coelho, considerado “a Cara no Novo Violão Brasileiro”, chegou ao auge com a apresentação da última peça intitulada “Quatro Momentos nº 3”, do compositor brasileiro Ernani Aguiar.

Tempo de Maracatú, Tempo de Caboclinhos, Canto e Marcha que encerraram o concerto promoveram um grande encontro da música clássica com a cultura latina, revelando a força da integração cultural no festival que leva o nome 3 fronteiras. A apresentação conectou o público com suas raízes.

Foi essa sensação que invadiu o diretor de teatro e professor do IFPR, Givaldo Moisés de Oliveira. “O mais fantástico é a integração pela música, além da qualidade do repertório, o resgate da cultura popular com a questão do clássico, uma beleza que nos emociona, promovendo o pertencimento, esse encontro com a sua identidade”, revelou, entusiasmado, Givaldo, ao final do concerto.

Orquestra

A orquestra de encerramento foi formada pelos professores e estudantes do Festival 3 Fronteiras. A mostra que aconteceu entre os dias 09 e 15 de julho reuniu 27 estudantes e sete renomados músicos no Brasil e no exterior. Ao longo da semana, eles realizaram oficinas em várias modalidades de instrumentos e participaram de ensaios diários para a formação da orquestra.

Além da parte pedagógica, todo o aprendizado foi compartilhado com a população, que teve entrada franca durante toda a programação do festival. A música clássica chegou a mais de quatro mil pessoas. Foram sete concertos noturnos realizados na Fundação Cultural e mais dez performances itinerantes – denominadas de concertos sociais e assaltos musicais – que levaram a música clássica até entidades, como o Lar dos Velhinhos, e a vários pontos turísticos e de circulação de pessoas, como o Terminal de Transporte Coletivo e o aeroporto.

Projeção

Uma semana que transformou Foz do Iguaçu no ponto de encontro dos grandes nomes da música clássica do país e do mundo e possibilitou a estudantes de várias nacionalidades e também da cidade a aprender com os mestres do violino, Carmelo de Los Santos, viola, Renato Bandel, violoncelo, Aldo Mata, do contrabaixo, Marcos Machado e do piano, Ney Fialkow e Guigla Katsarava.

Estudantes da Bolívia, Argentina, Paraguai, e também de diversas regiões do Brasil puderam adquirir conhecimento, trocar experiências e compartilhar com o público todo o aprendizado do festival. Jovens como Mayra, Isabela, Murilo, Luara, que vieram de João Pessoa – PB, e que tiveram pela primeira vez, em Foz, a experiência de um contato tão próximo com as pessoas ao participar dos assaltos musicais que levaram a música clássica para as ruas e espaços públicos da cidade.

Festival

Com realização da Fundação Cultural e do Maestro Jean Reis, e tendo como apoiadores a prefeitura, o sistema Fecomércio, o Sesi, a Unila, Unioeste, PTI e Itaipu Binacional, a primeira edição do Festival 3 Fronteiras vai ter continuidade em 2018.

De acordo com o Diretor Presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues,  “o Festival foi um exemplo da importância da integração entre conhecimento e diversidade cultural a serviço da população e da humanidade, projetando a região trinacional e sua cultura para o mundo. Ele precisa continuar e se tornar um evento da região, que aglutine a cena musical, as universidades, e propulsione o desenvolvimento cultural”.

O Festival integrou Foz do Iguaçu pela primeira vez em um dos mais importantes circuitos de música clássica do país, que acontece há 18 anos, durante o mês de julho, em quatro municípios sucessivamente. Neste ano, Foz foi a segunda cidade do roteiro que teve início em São Paulo, onde foi aberto o circuito. Daqui, a orquestra segue para Lages-SC e tem encerramento em Bagé-RS.

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