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Foz do Iguaçu, o cidadão e o futuro

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Foz do Iguaçu de hoje, 2012, não é mais a cidade que deixei, há doze anos, quando optei em morar fora, por não ver, aqui, perspectivas de futuro. O retorno, para mim e para tantos outros, ou a chegado dos novos moradores, é tranquilizadora. Principalmente, quando vemos uma terra que constrói – em passos ainda lentos, mas firmes – o direito à cidade e à cidadania e se reconhece como não mais um lugar do presente, de passagem, mas, agora, de futuro.

Vivemos em uma região trinacional – única –, com mais de 70 etnias, representando cerca de dois milhões de habitantes. Nossa cidade, Foz, é o elo de toda essa gente e, assim, deve tomar as rédeas do desenvolvimento regional, ser exemplo tanto em respeito ao cidadão quanto na inovação das políticas públicas.

A primeira etapa desse processo foi mudar nossa lógica como cidade: se antes éramos uma zona de passagem, uma terra de ninguém, frequentada por pessoas sem vínculos que, ou vinham para visitar as Cataratas (sem conhecer a cidade) ou chegavam para fazer compras no comércio paraguaio, hoje somos uma cidade melhor, com muitas outras opções. As pessoas escolhem Foz do Iguaçu para estudar, para dar aulas, para fazer pesquisa ou para ajudar a construir a Universidade, que será o símbolo desta nova e sustentável época. As pessoas nos visitam não só para conhecer as Cataratas, ou fazer compras, mas para viver uma cidade.

E uma cidade boa para o visitante deve ser boa para seu morador. E neste ponto, acreditem, estamos no caminho certo.

Nós, cidadãos, criamos um movimento físico e virtual poderoso. Não falo somente de nossos artigos ou colunas semanais – ou postagens diárias em mídias sociais – que, visivelmente, abrem alguns debates, mas representam uma pequena parcela. Achar que somente isso melhora a cidade seria pretensão demais de nossa parte. Falo de um movimento maior, com força – uma força gigantesca – nas mídias sociais, nos grupos do Facebook, nas postagens em tempo real no Twitter e nos diversos blogs que discutem a cidade. Esse movimento fica ainda mais forte quando se pensa nos fóruns, apartidários, amplos, coesos, multifacetados, de diversas formas e tamanhos, que vemos “pipocar” diariamente na cidade. São conferências, seminários, debates e conversas entre pessoas interessadas em uma Foz do Iguaçu melhor.

A cidade cansou de esperar por resultados políticos de “cima para baixo” e entendeu que a pressão deve partir da base, do cidadão, das entidades, das empresas e das universidades públicas. A verdadeira revolução – aquela que vai tornar Foz do Iguaçu mais humana para quem vive nela e, consequentemente, para quem a visita – deve ser feita usando as ferramentas – armas – que temos: a união, o diálogo e o voto.

 


 

 

* Luiz Henrique Dias é encenador da Cia Experiencial Teatro do Excluído e Coordenador de Projetos em Políticas Públicas. Siga ele no twitter: @LuizHDias. Acesse: luizhenriquedias.com.br


 

 

 

  A opinião emitida nesta coluna não representa necessariamente o posicionamento deste veículo de comunicação

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