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Foz do Iguaçu tem setor turístico em expansão

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Foto: Clickfoz – Daniele Rodrigues
Cataratas do Iguaçu: atração recebeu 569.638 visitantes pelo lado brasileiro somente no primeiro semestre de 2010

Foz do Iguaçu, um dos principais destinos turísticos brasileiros, encontrava dificuldades para consolidar sua condição de atração imperdível para um turista de qualquer parte do mundo. Hoje, a partir de uma mudança de gestão, como foco na qualificação de produtos e profissionais, que contou com envolvimento de todas as entidades representativas do trade e apoio do governo federal, não há mais dúvidas dessa condição. Foz do Iguaçu é o segundo destino mais procurado dentro do Brasil por turistas de outros países, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, segundo dados da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo).

“Enfrentávamos problemas de gestão, de termos objetivos sem integração. Então mudamos esse rumo, com a campanha Foz do Iguaçu – Destino do Mundo, lançada em 2007. Hoje, nossos projetos são integradas e nossos atrativos, as Cataratas do Iguaçu, Parque das Aves, Itaipu Binacional sentem a importância deste trabalho. Neste ano, por exemplo, praticamente não tivemos baixa temporada”, comemora Gilmar Piolla, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu – Fundo Iguaçu, composto pelas entidades do trade local. A entidade está no seu primeiro ano de trabalho e deve gerar R$ 1,6 milhão em 2010.

Na sexta-feira (23), recepcionado pelo prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, representantes do trade e autoridades políticas da cidade, o ministro do Turismo, Luiz Barretto, esteve em Foz para acompanhar de perto essa guinada no turismo local. Ele aproveitou a ocasião para formalizar o repasse de R$ 925 mil para as seguintes ações: instalação de placas turísticas e de 107 abrigos de ônibus nas vias que formam o corredor turístico da cidade e a revitalização da Praça do bairro 3 Bandeiras.

Além disso, o ministro se comprometeu a investir recursos para o recapeamento das principais vias da cidade. “Estamos trabalhando em conjunto, setor público e iniciativa privada, para que a cidade esteja pronta para receber os turistas que virão ao país durante a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Há ações específicas da Embratur para a promoção da cidade de Foz do Iguaçu, para que ela se consolide como um dos principais destinos do continente. Hoje, dos 5 milhões de turistas que o Brasil recebe, 2 milhões são sul-americanos. Temos condições de aumentar esse número e Foz tem um papel central nesse projeto”, disse o ministro.

Segundo o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, a cidade tem desafios na área de infraestrutura, como a ampliação do Aeroporto Internacional das Cataratas. Mas os números indicam que o turismo local está fazendo um bom trabalho. “Tivemos no Parque Nacional de Foz do Iguaçu 569,6 mil visitantes no primeiro semestre de 2010. A meta é atingir 1,2 milhão até o fim do ano e bater o recorde histórico.”

Aeroporto – Investimentos do governo federal têm sido fundamentais para este novo momento do turismo em Foz do Iguaçu. O Aeroporto Internacional das Cataratas, por exemplo, deverá receber R$ 40 milhões para sua reforma e ampliação. Outros R$ 30 milhões serão destinados para obras de mobilidade urbana e R$ 15 milhões para a construção de um novo mirante nas Cataratas do Iguaçu. Além disso, outro projeto que deverá sair do papel é a nova ponte entre Brasil e Paraguai.

Foto: Assessoria Itaipu Binacional
Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho: centro de pesquisas integrado em abril de 2010 ao Complexo Turístico da Itaipu Binacional

Eventos – Um dos focos para o impulso do turismo em Foz do Iguaçu tem sido a captação de eventos. Competições esportivas, encontros culturais, convenções de empresas e fóruns dos mais variados segmentos são a prova de que as belezas naturais da região agora tem concorrência na hora disputar o tempo dos turistas.

Salão Mercosul do Automóvel, Feira Internacional do Livro, Festival Internacional de Publicidade, Fórum Global de Energias Renováveis e tantos outros já tiveram sua vez. Neste mês de julho, a cidade recebe o Campeonato Brasileiro de MotoCross. Em agosto, é a vez Pan-Americano de Rafting e da primeira corrida noturna da cidade, a Iguassu Night Run. Alguns eventos já fazem parte de um calendário fixo, como a Meia Maratona das Cataratas, que está em sua 4 edição.

Para o ministro do Turismo, Luiz Barretto, a entrada de Foz do Iguaçu no roteiro de eventos é importante para a movimentação da cadeia turística não só no período de alta estação. “Hoje, 32% da economia do turismo nacional vem do segmento de eventos. Ao se preparar para feiras, congressos e encontros, a cidade também qualifica seus profissionais para receber bem aqueles turistas que chegam à cidade em busca de suas famosas belezas naturais”, afirma Barretto.

Setor privado – A expansão não se resumiu a incentivos governamentais. Hotéis, restaurantes, lanchonetes, bares, churrascarias, motéis, pensões, pizzarias, casas de shows… segundo dados do Sindhotéis, tudo isso somado resulta em 563 mil metros quadrados de construção espelhados por Foz do Iguaçu. Para o comparativo, seria algo próximo a 130 campos de futebol.
Marcelo Valente, diretor da Loumar Turismo, sente-se parte deste crescimento, dobrando a frota de automóveis que faz o transporte de turistas na cidade. "O mínimo que uma empresa deva fazer neste momento para aproveitar o crescimento que o turismo no Brasil está vivendo é manter sua estrutura de pessoal cada vez mais qualificada e investir em equipamentos para se adequar a este crescimento", diz.
De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu (Sindhotéis)", Carlso Dias, tudo isso faz parte de um plano. "A expansão é consequência de um planejamento. Nossas ações não são imediatistas, são de um planejamento que começou a três anos. Do ano passado para esse ano o setor teve um crescimento de 8%. Nossa idéia é de diante de todas as entidades reorganizar e formatar bem o produto Iguassu. Tudo em um contínuo, não só para a Copa do Mundo, mas para que ela permaneça em expansão também depois dela", afirma  Carlos Dias, . Para ele, é necessário que os empresários façam as adaptações nos serviços existentes para que esses eventos sirvam como um incentivo da expansão, e não como fim. "O  começo de uma grande melhoria permanente", ressalta o presidente do Sindhotéis

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