Nesta segunda-feira (21) uma comissão de quatro chineses integrantes do gabinete de proteção contra inundação e seca da Província de Hubei, na China, veio a Foz do Iguaçu conhecer os atrativos turísticos da cidade e conversar com a Guarda Municipal para aprender sobre o sistema de prevenção e combate a catástrofes naturais do Brasil.
Fotos: Augusto Conter |
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A comitiva de Hubei foi recepcionada na Guarda Municipal pelo Secretário do Gabinete de Assuntos Internacionais, Sérgio Lobato |
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O comandante da Guarda Municipal, Reginaldo da Silva, responsável pela fala que evidenciou as atribuições de cada órgão no zelo pela segurança da cidade |
“Não somos uma cidade com catástrofes, então procurei centrar a explanação em como funciona o trabalho de controle e prevenção a desastres naturais no Paraná e no Brasil como um todo, com ênfase no caso local de Foz do Iguaçu de controle do Rio Paraná, prevenindo enchentes”, disse o comandante da Guarda Municipal, Reginaldo da Silva, palestrante inaugural da série de explanação aos visitantes. Também estiveram presentes e conversaam com a comitiva representantes do Corpo de Bombeiros, do setor de segurança da Itaipu e o Secretário do Gabinete de Assuntos Internacionais, Sérgio Lobato, além do Coordenador de Defesa Civil, Vando Arenhart.
Durante as exposições, o que mais atraiu a comitiva foram as explicações sobre o controle que a Itaipu faz do nível do Rio Paraná e a cooperação da usina binacional com as forças policias locais no suporte financeiro e de logística. A província de Hubei, na China, é a que abriga a Três Gargantas, maior usina hidrelétrica do mundo em estrutura física e com previsão de superar Itaipu em geração de energia em um futuro breve.
Sobre as diferenças encontradas nos dois sistemas, o vice-chefe da seção de Departamento de Água para Agricultura do Gabinete Providencial de Recursos Hídricos de Hubei, Daí Zhuxin, concluiu: “China e Brasil são situações diferentes. Temos muita população e não da para retirar as pessoas das áreas de enchentes, como aqui. Temos que construir um muro para a água não passar”, explica Zhuxin, nas palavras da tradutora Liana Chang. Ainda segundo o representante chinês, o sistema de prevenção do Brasil “é muito bem feito” e distinto do chinês, que não funciona com a integração de diversas forças, mas, sim, na concepção de núcleos especializados para cada catástrofe, como enchentes e secas, tufões e furacões, terremotos, entre outros.
Daí Zhuxin (ao centro) ao lado de repsentante do Corpo de Bombeiros e da tradutora da comitiva, Liana Chang |
Além de Zhuxin, a comitiva estrangeira também foi formada por Cai Jiquan, He Lanlan e Weng Chaohui. Eles estão no Brasil desde sábado (19), quando desembarcaram no Rio de Janeiro. Ontem (20) foi à chegada a Foz do Iguaçu, quando fizeram passeios turísticos na cidade. Na terça-feira (22) a comitiva vai visitar empresas locais de controle de projetos hídricos. Na quarta-feira (23), os chineses devem pegar um vôo para São Paulo, destino final na visita ao Brasil.