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Itaipu integra Comitê de Segurança Pública

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A Itaipu Binacional é uma das integrantes do Comitê de Segurança Pública, criado na terça-feira (6), durante o Fórum Regional Fraternidade e Segurança Pública, realizado no Salão Paroquial da Igreja São João Batista, em Foz do Iguaçu.

O comitê, formado por autoridades religiosas e militares, além de organizações não-governamentais dos 14 municípios pertencentes à Diocese de Foz do Iguaçu, será responsável por apresentar os problemas ligados à criminalidade, propor sugestões e cobrar a efetividade dos programas a serem implantados nessas cidades. Todas as ações devem ser focadas na valorização dos direitos humanos e da cidadania.

Segundo Gládis Mirtha Baez, coordenadora do Programa de Segurança Pública e Proteção Civil da Itaipu, o comitê será o elo entre a comunidade e o poder público no combate à violência e na promoção de uma cultura de paz.

Os primeiros trabalhos a serem encabeçados pelo Comitê serão a realização de uma pesquisa capaz de avaliar a situação da violência em cada comunidade da região, bem como uma audiência pública sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

“Difícil, não impossível” – De acordo com Mirtha, o fórum e o comitê são consequências das conferências realizadas nos municípios da região. A comunidade elegeu os princípios e as diretrizes e, agora, cabe aos gestores dessas cidades implantarem ações a fim de mudar a realidade.

Na avaliação do sociólogo Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessor da CNBB, mudar esta cultura de violência é difícil, mas não impossível, pois muitas nações conseguiram. No Brasil, segundo ele, será um pouco mais complicado devido às características da população: a sociedade brasileira é desigual e hierarquizada; valoriza os privilégios e não a distribuição de bens. “Ao valorizar os privilégios, a sociedade descarta a maior parte da população que é morta ou encarcerada”, afirma o sociólogo.

Apesar das críticas, Baía apresenta algumas sugestões para o início desta transformação. O primeiro passo é a geração de uma política pública de segurança com matrizes embasadas na assistência às crianças e aos adolescentes; na atenção integral à saúde da mulher; na proteção à saúde do homem; no combate ao alcoolismo e às drogas, considerados os principais geradores da violência. Ao mesmo tempo, diz ele, é preciso dar o devido valor aos profissionais de segurança pública.

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