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Itaipu recebe filhote de ariranha, animal em extinção no Paraná

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A Itaipu Binacional receberá nesta terça-feira, 21 de julho, pela primeira vez, um filhote fêmea de ariranha (Pteronura brasiliensis). A espécie é considerada em extinção no Paraná, vulnerável no Brasil e em perigo no mundo. O animal está sendo encaminhado pelo Ibama.

Foto: Ilustração
Animal chega em Foz do Iguaçu nesta terça-feira, 21

O filhote, que está em Altamira, no Pará, deverá desembarcar no Aeroporto Internacional das Cataratas, em Foz do Iguaçu, no voo das 14h49, pela companhia TAM, de onde segue direto para o Refúgio Biológico Bela Vista.  

Inicialmente, o filhote, que está com 3,5 quilos, será isolado e mantido em quarentena para os primeiros cuidados. Ele será criado na creche do Hospital Veterinário e quando atingir a idade adulta fará parte do plantel do Zoológico Roberto Ribas Lange.

Os últimos avistamentos da espécie no Paraná foram registrados no Parque Nacional de Ilha Grande, em 1998, e no Parque Nacional do Iguaçu, em 1982. O filhote que será recebido por Itaipu, fruto de apreensão do Ibama, estava sendo criado pelo biólogo Felipe Bittioli Gomes, doutor em Ecologia e Comportamento Animal.

O Plano de Ação Nacional para Conservação da Ariranha prevê a possibilidade de avaliação e testes de recolonização da ariranha em parte de sua área de distribuição histórica.

O veterinário de Itaipu, Wanderlei de Moraes, acredita que a vinda do filhote para o Refúgio representa uma esperança de reprodução. “Quem sabe ela possa ser uma das futuras matriarcas nesse processo e venha a contribuir para que voltemos a ver este belo animal cortando as águas dos rios da Bacia do Rio da Prata”, diz.

Alimentação – A amamentação da ariranha, nessa fase da vida, é feita a cada duas horas, mais ou menos, com cerca de 250 ml. O preparado lácteo leva leite em pó, creme de leite, polivitamínico, óleo de sardinha e mel com própolis.

Outras informações
Nomes Comuns: Ariranha, Lontra-gigante, Onça d’água
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnívora
Família: Mustelidae
Gênero e espécie: Pteronura brasiliensis

Coletivo – As ariranhas vivem em grupos familiares de até 17 indivíduos, formados por um casal dominante e seus descendentes dos dois ou três últimos anos, podendo também ser vistas solitárias, dependendo da época do ano.

Sua natureza curiosa e o variado repertório de vocalizações tornam a espécie presa fácil para caçadores, que no passado abatiam-nas para a venda das peles no mercado da alta costura internacional. As Ariranhas têm um papel fundamental no equilíbrio dos ambientes aquáticos pelo controle de populações de outras espécies animais, principalmente peixes, inclusive espécies invasoras e pragas.

 
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