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Laboratórios da Unila atendem a demandas da região

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Rodrigo Basso, docente da área de Física da Unila, coordena os laboratórios de Microscopia Eletrônica e Interdisciplinar de Ciências Físicas. Foto: Assessoria Unila

Pesquisadores da comunidade acadêmica da Unila e de outras instituições de ensino e pesquisa da região têm utilizado equipamentos de laboratórios da Universidade para desenvolver importantes etapas de projetos de investigação científica e tecnológica. Abertos a receber esses pesquisadores, os laboratórios de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Interdisciplinar de Ciências Físicas são de caráter multiusuário e possuem equipamentos com potencial para contribuir em pesquisas de áreas diversas, como Ciências Biológicas, Física, Química, Engenharias, Geografia e Medicina.

“Estamos buscando nos tornar independentes de tecnologia de fora, produzindo ciência que possa atender a questões da América Latina. Precisamos de investimentos e de um olhar que envolva conhecimento da região. E esses laboratórios da Unila são essenciais para dar suporte a pesquisas científicas que vão beneficiar a região – seja na formação de recursos humanos qualificados ou na resolução de problemas”, afirma o docente da área de Física da Unila e coordenador desses laboratórios, Rodrigo Basso.

Além de atender a pesquisas, aulas de graduação e pós-graduação, os laboratórios e equipamentos são suportes para investigações de instituições da região Oeste do Paraná – como Unioeste, UTFPR de Medianeira, UFPR de Toledo, Fundação PTI e Itaipu Binacional. Entre essas pesquisas estão as do professor de Química Márcio Góes, que trabalha com a modificação de materiais para aplicação em células solares. Ele também pesquisa, em cooperação com outras instituições, materiais fotoluminescentes, com objetivo de melhorar a produção de energia solar.

Outra pesquisa, coordenada pelo professor Rodrigo Basso, investiga biomateriais utilizados no corpo humano, a exemplo de próteses, que sofrem corrosão com o tempo. Nessa pesquisa, busca-se modificar e melhorar a superfície desses materiais para que sejam mais resistentes e possam ser utilizados em condições mais severas. Nesse estudo, o docente utiliza o laboratório de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), cujos equipamentos fornecem imagens com alta resolução e permitem análise da composição química de materiais, por meio de um feixe de elétrons.

Investigação regional

O professor de Engenharia Ambiental da UTFPR de Medianeira Eduardo Lied, que também é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Unioeste de Toledo, desenvolve projeto de tratamento de odores produzidos por indústrias da região. Ele explica que, em Toledo, um odor é gerado a partir do lançamento de emissões atmosféricas, oriundas principalmente das fábricas de processamento de resíduos vindos das indústrias de abate de animais.

Para solucionar essa problemática, o professor tem desenvolvido um equipamento no qual a superfície interna possui um catalisador capaz de promover a reação de degradação desses gases, com um índice de tratamento do odor que chega a 95%. “Como no nosso Programa não tinha um equipamento de análise morfológica da superfície dos materiais, necessário para essa pesquisa, precisei utilizar o laboratório da Unila, o MEV, que foi fundamental para melhorar o estudo das características físicas e da composição química dos materiais”, explica Lied.

Ele também relata que, em sua banca de doutorado, foi citado o número reduzido de pesquisadores neste campo de estudo, a Fotocatálise, por falta de infraestrutura. “O fato de ter a Unila ajuda a fomentar minha área. E, futuramente, podemos estreitar ainda mais os laços com a Universidade, para desenvolver uma área em que existe uma lacuna e contribuir para resolver questões particulares de nossa região”, pontua o doutorando.

Aberto à comunidade científica

Os laboratórios da Unila de Microscopia Eletrônica e Interdisciplinar de Ciências Físicas, localizados no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), estão à disposição de investigadores da comunidade acadêmica da região que, caso tenham interesse em utilizar os espaços, recebem treinamento para a operação dos equipamentos e podem realizar investigações no local, por meio de agendamento.

O Laboratório Interdisciplinar de Ciências Físicas já recebeu, este ano, 25 pesquisadores. Eles tiveram a possibilidade de utilizar o difratômetro de raios X e equipamentos acessórios, que permitem o estudo da estrutura cristalina, o que, na prática, possibilita conhecer com precisão a posição dos átomos de um material. Além disso, esses equipamentos permitem conhecer o efeito da adição de pequenas quantidades de outros elementos químicos (dopantes) nas propriedades finais do material.

“Equipamentos como esses – que só são encontrados em universidades com infraestrutura avançada – abrem portas para utilizar técnicas muito sofisticadas, relativamente de alto custo, e possibilitam o desenvolvimento científico da comunidade acadêmica da Unila e da região”, destaca Rodrigo Basso.

Os pesquisadores podem obter mais informações sobre esses laboratórios e os equipamentos, além de agendamento para treinamentos e uso dos espaços, nas páginas do Laboratório de Difração de Raios X (goo.gl/djcAQP) e do Laboratório de Microscopia Eletrônica (goo.gl/mUBssK). Por meio dos sites, também é possível agendar visita guiada para estudantes do ensino médio.

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