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Luiz Henrique Dias, o excluído do teatro

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Fomos convidados para assistir uma aula do Núcleo de Dramaturgia do Teatro do Excluído, onde Luiz H. é professor, e atendeu a Nanbiquara prontamente. Luiz é ator desde os 14 anos de idade, ainda muito novo escreveu a peça “A vida Conjugal”, uma adaptação livre de contos do Luis Fernando Veríssimo – que ganhou vários prêmios, entre eles: melhor texto, melhor iluminação e melhor direção, foi um impulso para Luiz se aproximar ainda mais do teatro e querer tornar a arte seu único meio de sobrevivência.

Com a idéia de que o teatro deveria ser apenas um hobby, Luiz foi embora para Curitiba estudar Química na Universidade Federal do Paraná, lá começou a lecionar em cursinhos pré-vestibular, casou-se e abandonou o teatro por um tempo. Eventualmente apresentava uma peça ou outra, iniciava alguns projetos que ficaram inacabados e estudava textos à vezes, mas nada profissionalmente.

Foi após o fim do casamento que Luiz passou a se dedicar ao teatro e tentar viver apenas da arte, já tem um livro de contos praticamente pronto. Estuda no Núcleo de Dramaturgia do Sesi de Curitiba, escreveu duas peças recentemente, Atenuantes e Guizos. Está se dedicando, finalmente, à carreira de escritor e dramaturgo, parou de dar aulas de Química e pretende agora, viver para e teatro e pelo teatro.

No teatro suas inspirações são nacionais, européias e norte-americanas, Roberto Alvin – seu professor no Núcleo de Dramaturgia – Mário Bortolotto, Bertold Brecht, Arould Pinter e Leprevostt. Já na literatura Luiz gosta mesmo é de José Saramago, é normal encontrar livros do autor português sobre sua mesa de desenhos arquitetônicos. Sim, além de tudo, Luiz H. Dias estuda Arquitetura e Urbanismo.

Luiz vê no teatro uma forma de provocar o público, ele se auto-define ateu e comunista convicto. Faz da arte uma válvula de escape do mundo real, sempre usa a máxima “o mundo real já é um caos, não devemos trazê-lo para o palco, aqui é onde podemos criar outro mundo, melhor ou pior, mas outro mundo”.

 

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