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Lula intensifica articulações para garantir adesão da Venezuela ao Mercosul

A dez dias da votação do parecer, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que vai definir a adesão da Venezuela ao Mercosul, o governo federal intensificou as articulações para garantir a aprovação do relatório paralelo que assegura a participação dos venezuelanos no bloco regional. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com apoio dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Ideli Salvatti (PT-SC) e Aloizio Mercadante (PT-SP), comanda o movimento para assegurar a presença dos governistas e seus votos favoráveis ao país vizinho no dia 29 de outubro.

Na tentativa de garantir apoio, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou antecipadamente seu voto em separado (parecer alternativo) ao relatório do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) – o tucano é contrário à participação da Venezuela no bloco do Cone Sul. Paralelamente, Jucá trabalha para que o tema seja votado no plenário do Senado até o final de novembro.

A sessão de votação no Senado deve ser tensa e repleta de debates. Dos 19 senadores titulares, pelo menos dez são apontados como votos favoráveis à adesão da Venezuela ao Mercosul. Uma das estratégias para garantir a vitória à integração dos venezuelanos ao bloco é substituir aqueles que são contrários à proposta, como o senador João Ribeiro (PR-TO). Se ele mantiver a tendência de veto à Venezuela, a idéia é substituir Ribeiro por um integrante do bloco PT-PR-PSB-PCdoB-PRB.