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Ministério da Saúde dá autonomia aos médicos para prescrever Tamiflu aos primeiros sintomas da gripe

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Apenas os médicos podem receitar o "Tamiflu". O uso indiscriminado é perigoso à saúde

A ação polêmica de ministrar o antiviral “Tamiflu” para todos os pacientes com sintomas de gripe, independente da confirmação da contaminação pelo vírus H1N1, adotado na semana passada na cidade de Foz do Iguaçu/PR, agora passa a ser regra em todo o Brasil. O Ministério da Saúde mudou o protocolo de tratamento para gripe A, dando autonomia aos médicos para prescrever o medicamento independente do estágio dos sintomas apresentados pelos pacientes, mesmo antes do resultado do exame que comprova ou não a infecção pela nova gripe.

Até esta terça-feira (04), o Tamiflu era ministrado apenas para pacientes com sintomas graves da doença ou pertencentes a grupos de risco, como gestantes ou pacientes com doenças crônicas. Com o novo protocolo, os médicos ficam autorizados a receitar o medicamento aos pacientes que julgarem convenientes.

Foz do Iguaçu – O secretário de Saúde de Foz do Iguaçu, Luiz Fernando Zarpelon, desde a semana passada orientou os profissionais de saúde do município a romperem com o protocolo, defendendo que o medicamento não poderia ficar restrito aos pacientes em estado grave. Zarpelon alertou que na avaliação de infectologistas, o Tamiflu surte efeito quando ministrado nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas. O secretário afirmou ainda que algumas possíveis vítimas da nova gripe que foram a óbito em Foz do Iguaçu (sete mortes estão sendo investigadas no momento) não receberam o Tamiflu logo após o surgimento dos sintomas e, em alguns casos, nem sequer receberam o medicamento.

O Ministério Público Federal também repercutiu a avaliação dos infectologistas e no final da semana passada pediu esclarecimento ao Ministério da Saúde sobre o “retardo” na prescrição do antiviral logo no início do aparecimento dos sintomas.

O Secretário da Saúde do Paraná, Gilberto Martin, afirmou ainda que não faltará medicamentos, pois o Estado recebeu do Ministério da Saúde a quantidade suficiente para atender a demanda. “Nenhum paciente que precisou ser medicado ficou sem o medicamento. Porém, a prescrição deverá ser feita com responsabilidade, pois a indicação indiscriminada pode causar no futuro a resistência do vírus”, defende o secretário.

Distribuição – A distribuição do medicamento antiviral é responsabilidade do Ministério da Saúde, que o distribui aos governos estaduais. No Paraná, a Secretaria da Saúde está descentralizando o estoque dos remédios, para que eles cheguem o quanto antes aos pacientes.

 

 

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