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Morre onça Juma, símbolo do Refúgio Biológico de Foz

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A onça Juma, principal atração do Refúgio Biológico de Foz do Iguaçu, faleceu neste domingo, 17. A morte foi consequência de uma insuficiência renal severa, provocada por infecção que acometeu os rins. O problema é comum em felinos idosos como a Juma. A onça tinha aproximadamente 25 anos – idade equivalente a de uma senhora centenária, se comparada a um humano – e nunca conseguiu ter filhotes. 

O animal estava na fronteira desde 2002 e anteriormente, vivia na região do Parque Nacional do Iguaçu. Símbolo do Refúgio, a onça foi personagem de várias reportagens, filmes institucionais e internacionais. A espécie vive aproximadamente, 25 anos em cativeiro.

História – Juma foi trazida à Itaipu quando tinha 10 anos, desnutrida e muito debilitada. Ela vivia na região do Parque Nacional do Iguaçu, mas estava sendo avistada fora dos limites do parque em busca de presas em propriedades vizinhas, o que causava um problema.

Para sua segurança, e dos rebanhos das fazendas vizinhas, ela foi capturada e trazida ao Refúgio, onde recebeu assistência completa dos biólogos, veterinários e tratadores.

“Logo no começo, fizemos um trabalho para acompanhar os padrões de comportamento dos felinos e passei algumas noites observando a Juma dormir, da meia-noite às três da manhã”, relembrou Marcos Oliveira, nesta segunda-feira. “A gente acaba se apegando ao animal”, contou.

Ao chegar, Juma pesava apenas 46 quilos, considerado um peso baixo para um animal de seu porte, com 1,63 metros de comprimento (focinho à cauda). Na última pesagem em vida, ela estava com 60 quilos.

“Acreditamos que ela estava perdendo uma disputa por território e por isso se arriscava fora do parque”, conta Wanderlei de Moraes, veterinário da Divisão de Áreas Protegidas de Itaipu, que acompanhou toda a vida da onça no RBV.

Se continuasse na natureza, Juma não teria sobrevivido muito tempo porque estava com dentes quebrados, um pouco desnutrida e capturando os animais em propriedades particulares. Em função dessa debilidade, dos problemas dentários e da interferência dela nas comunidades do entorno, é que foi decidido mantê-la em cativeiro.

“Com o tempo, ela foi se acalmando e não ficava tensa na nossa presença. Parecia entender que estávamos ali para cuidar dela”, finalizou o biológo Marcos Oliveira.

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