Outro dado importante dentro da investigação é o local em que o paciente foi infectado. Essas informações serão levantados junto à família, que ainda não retornou do estado de são Paulo, onde o homem foi sepultado. “Vamos aguardar o retorno dos parentes para verificar se o paciente viajou ou não antes de sentir os sintomas”, completou Mara. Os sinais que indicam a doença são febre baixa e intermitente que pode durar semanas, perda de apetite, anemia, palidez e sangramentos na boca e intestinos.
Se confirmada, essa será a primeira morte por leishmaniose viceral do ano no Paraná. Em 2015 foram registrados dois casos da doença em Foz, em uma criança e em um adulto. Ambos estão em tratamento e passam bem. A leishmaniose viceral é um tipo mais grave da doença, e atinge os órgãos internos do paciente, especialmente o fígado e o baço. “A transmissão é feita pela fêmea do mosquito Palha, um tipo ainda menor que o Aedes Aegypti, que pica um animal infectado e depois passa o parasita para o ser humano também por meio da picada”, explicou a enfermeira.
Para diminuir o risco de contrair a doença, a divisão de Epidemiologia recomenda o uso de repelentes e controle dos animais domésticos, os principais hospedeiros do protozoário. “Existem coleiras que protegem os cães do mosquito e o dono deve evitar deixa-lo solto na rua”, recomendou Mara. O mosquito Palha se reproduz em locais com material orgânico acumulado, como folhas e lixos. Assim como na prevenção da dengue, a limpeza dos quitais é fundamental.