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O executivo e o sedentarismo

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Uma pesquisa realizada entre 800 executivos, dos quais 80% são homens, mostrou que 25% têm alto risco de enfarte – ou seja, estão acima da média brasileira, que é de 10%. Um dos principais motivos do alto índice vem do fato de que 70% desses profissionais estão acima do peso.

Danielli Haddad Syllos Dezen, cardiologista idealizadora da pesquisa e coordenadora do centro de check-up do hospital Sírio Libanês, diz que a rotina conturbada e o trabalho em ritmo frenético e massacrante são os principais motivos da obesidade e, em conseqüência, dos riscos de enfarte, hipertensão, diabetes, e as doenças psicossomáticas. 

Segundo a especialista, o estresse é um dos fatores mais consideráveis quando se fala em enfarte entre homens com mais de 45 anos. "O trabalho em excesso faz com que as pessoas fiquem ansiosas. Assim, não se lembram de reservar tempo para a prática de atividades físicas e para uma alimentação balanceada", destaca. Ela conta que a correria a que estão submetidos acarreta o aumento do peso, o colesterol e, indiretamente, o risco do enfarte.

A pesquisa mostra que, acima da faixa dos 45 anos, as doenças cardiovasculares mais comuns nas amostras são a hipertensão, que apareceu em 32% dos executivos (contra 30% na população brasileira em geral) e colesterol alto, com 50% (contra 30% na população). "A obesidade, que aparece em 70% dos executivos (contra 14% da população em geral), vem do fato de os executivos não dispensarem tempo para uma alimentação balanceada, assim como tranquilidade nos momentos de se alimentar. Além disso, eles não têm tempo para atividades físicas", destaca a cardiologista.

Se a avaliação cardiológica de tempos em tempos é muito importante, principalmente, em homens acima de 40 anos e em mulheres na fase do climatério – período em que aumentam os índices de enfarte -, a consulta aos médicos deve ser antecipada quando o executivo tem histórico familiar de enfarto ou morte súbita (principalmente em parentes de primeiro grau); pais ou irmãos com aumento do colesterol; sintomas como falta de ar, palpitações e dores no peito; tomadas de pressão frequentemente acima de 135×90 mmHg; tabagismo; diabete; doença cardíaca na infância ou sopro cardíaco; ou se apresenta sobrepeso ou obesidade.

"A avaliação cardiológica de rotina e o acompanhamento são obrigatórios para aqueles que já detectaram alterações como colesterol alto, hipertensão, diabéticos e para quem já sofreu enfarto", destaca a cardiologista. Tais doenças não têm cura, porém, podem ser controladas. "O não-controle destes índices pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral e enfarto, o que afeta de forma drástica a qualidade de vida das pessoas."

Muitas empresas já aderiram a programas de check-up justamente pelos índices apresentados de risco cardiovascular em executivos. No entanto, o trabalho, para ser efetivo, não pode parar. "Há uma extrema necessidade das empresas planejarem programas para o bem-estar, como a realização de ginásticas laborais, atividades físicas monitoradas por um profissional de educação física, dentre outras.

O bem-estar a qualidade de vida andam lado a lado.

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