O renomado arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer faleceu às 21h55 de quarta-feira (5) aos 104 anos por insuficiência respiratória. Niemeyer estava internado desde o início de novembro no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com um quadro grave de infecção respiratória e desidratação.
Foto: Ilustração Felipe Cachopa |
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O cartunista iguaçuense, Felipe Cachopa, prestou uma homenagem ao arquiteto |
Foto: Divulgação |
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Obelisco pela União dos Povos inaugurado em 1965 na fronteira entre Brasil e Paraguai, faz referência as colunas do Palácio do Planalto |
Reconhecido como o mais influente arquiteto brasileiro da arquitetura moderna, o artista deixou um legado de obras também em Foz do Iguaçu. Para além da arquitetura, Niemeyer foi um cidadão comprometido com o ser humano. Sua obra mais antiga em Foz do Iguaçu é o Obelisco símbolo da União dos Povos, inaugurado em 1965 na Ponte da Amizade pelos presidentes Marechal Castelo Branco e Alfredo Stroessner.
Apesar de não ser a principal característica, Niemeyer desenvolveu muitos projetos particulares e a família Ortega em Foz do Iguaçu teve o prazer de construir uma residência projetada por ele.
Foto: Arquivo Pessoal |
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Família Ortega diante da residência projetada por Niemeyer e Manfred Ostterroht – famoso arquiteto da Catedral de Maringá – na década de 70, a foto é de 1978 |
O projeto do campus definitivo da Universidade Federal de Integração Latino-Americana, UNILA, foi um presente de Niemeyer. A obra está sendo construída no terreno doado por Itaipu Binacional e devido à sua grandeza será entregue em etapas. Na primeira fase serão construídos os prédios de aulas, o restaurante, o edifício central e a galeria técnica, já na segunda etapa serão entregues o prédio de laboratórios, o teatro e o centro de recepção.
Foto: Divulgação |
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Campus da Universidade Federal de Integração Latino-Americana |
E para completar seu legado em terras Iguaçuenses, Niemeyer projetou o Mega Centro Cultural e Holoteca do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC). Mais uma vez a cidade foi presenteada com uma obra do renomado arquiteto. Ainda sem previsão de sair do papel, o projeto está orçado em R$13 milhões e vai abrigar uma megabiblioteca e um auditório que suportará 700 pessoas na área interna e 10 mil na área externa.
Foto: Divulgação |
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Niemeyer entregando o projeto do Centro Cultural e Holoteca do CEAEC |
Niemeyer foi além de suas convicções através de suas linhas curvas. Sendo ateu projetou a Catedral de Brasília e uma mesquita em Israel. Comunista convicto foi o arquiteto que projetou prédios do governo durante a Ditadura Militar.
Foi pioneiro na exploração das técnicas construtivas do concreto armado e sempre declarou seu amor pelas curvas. “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”, Niemeyer.
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