Previous slide
Next slide

O que vivi no lado argentino das Cataratas do Iguaçu

Previous slide
Next slide

Já dizia o ditado: casa de ferreiro, espeto de pau. Eu, iguaçuense, nascida e criada aqui, vim conhecer o outro lado das cataratas depois de 32 anos de vida.

Hoje, eu posso dizer com toda a convicção do mundo: não há um lado melhor que o outro. Os dois se completam, como se fossem um músico e seu instrumento, regidos pela força das águas na função de um grande maestro. Maestro este, que mesmo em dias “ruins”, onde a vazão do rio Iguaçu está bem abaixo do normal, rege sua orquestra com perfeição, nos dando uma vista mais do que espetacular, uma das mais incríveis que já vi. 

Circuito Inferior é uma das várias trilhas que o Parque Nacional Iguazú oferece – Fotos: Assessoria

Para quem está do lado brasileiro da fronteira, as Cataratas argentinas encontram-se há aproximadamente 25 quilômetros do centro de Foz do Iguaçu. Para chegar até lá, é preciso atravessar a fronteira entre os dois países. Para fazer a travessia, é necessário portar um documento pessoal: RG (com menos de 10 anos de validade e em bom estado, CNH ou passaporte dentro do prazo de validade. Para me deslocar até o Parque Nacional, optei pelo transporte da empresa de turismo receptivo de Foz Loumar Turismo, que me buscou em frente ao hotel Bella Italia por volta das 7h30 da manhã. O passeio é guiado por um guia trilíngue, que conta algumas curiosidades durante o trajeto.

É importante frisar que o ingresso das Cataratas Argentinas só pode ser comprado em peso, moeda local. Atualmente, a tarifa custa 640 pesos para os moradores do Mercosul (que incluem brasileiros e, inclusive, iguaçuenses – não há desconto por morar na região fronteiriça). Durante o trajeto, a Loumar Turismo faz uma parada em uma casa de câmbio, para que os visitantes façam a troca da moeda.

O passeio do lado de lá é bem diferente do nosso. Enquanto em Foz, os visitantes embarcam em um ônibus para chegar até a trilha que leva até a garganta do diabo, lá os visitantes embarcam em um trenzinho e podem escolher várias trilhas para visitar. As principais são: a trilha superior, a inferior e a da garganta do diabo. Para realizar o passeio, recomendo levar água mineral, repelente e protetor solar, usar boné ou chapéu, além de roupa confortável e tênis, pois as trilhas são extensas e exigem fôlego dos visitantes.

Trem que leva para a trilha da Garganta do Diabo –  Fotos: Assessoria

Segui a dica do guia Gerardo da Loumar e optei por fazer primeiro a trilha da garganta do diabo, para evitar o sol da tarde, pois o trajeto não é muito arborizado. Entretanto, a paisagem é deslumbrante, pois toda a trilha foi construída em cima do rio. É uma imersão fantástica na natureza e a recompensa nos espera no fim da trilha, quando temos a chance de contemplar toda a imensidão e imponência da garganta do diabo do alto. Vale ressaltar que a trilha da garganta do diabo é 100% acessível para cadeirantes, idosos e também para pais com carrinhos de bebê. Todo o trajeto do Parque Nacional argentino tem 90% de acessibilidade. O atrativo também disponibiliza gratuitamente, cadeiras de rodas aos visitantes que necessitarem.

Depois da trilha da garganta, fui para o circuito inferior do Parque. Este é bem arborizado, o que deixa o contato ainda mais intimista entre visitante e a natureza. Deste lado, vi vários saltos deslumbrantes, como San Martín, Mbiguá, Adão e Eva e muitos outros.

A Garganta do Diabo é o atrativo mais visitado dentro do Parque – Foto: Assessoria

Infelizmente, eu não consegui fazer o circuito superior, muito menos o Gran Aventura, que é o passeio de barco do lado argentino. Quem deseja conhecer todo o Parque, recomendo dois dias para visitar o local. O ingresso do segundo dia de visitação, custa 50% do valor #ficaadica.

Ontem, depois de 32 anos de vida, eu pude viver a experiência completa de visitar as Cataratas do Iguaçu. E qual delas é melhor? Eu respondo: Nenhuma, elas se completam. O lado brasileiro das Cataratas é uma experiência mais contemplativa, pois o turista tem a visão privilegiada das quedas, já que 80% dos cerca de 275 saltos, estão na parte de lá da fronteira. Já do lado argentino das Cataratas, o visitante tem uma experiência sensitiva, de pura imersão com a natureza, pois ele estará mais próximo das quedas e do rio por todo o trajeto. Vale a pena visitar os dois.

Onde comer
Em várias partes do Parque Nacional, há locais para alimentação, como restaurante self-service, fast food, pratos feitos, entre outros. Optei pelo self-service do restaurante El Fortín, com uma ótima variedade de saladas, pratos quentes, sobremesas e carnes, como o famoso bife de chorizo argentino. 

O lado da Argentina permite uma experiência mais imersiva – Foto: Assessoria

Mais dicas importantes
Ainda estamos na baixa temporada, onde cerca de 4.500 pessoas passam pelo atrativo todos os dias, ótimo período para a visitação. Em algumas épocas do ano, como a Semana Santa, o Parque chega a receber mais de 12 mil pessoas em um único dia. Se puder, evite estas épocas, caso não tenha como, tenha muita paciência para passear.

Outra dica muito importante: A prefeitura de Puerto Iguazú cobra de toda pessoa que entra no país para passear, uma taxa de turismo. O valor é de 50 pesos (R$5,00) por pessoa. Por isso, não gaste todo o dinheiro no atrativo, deixe esta reserva para o pagamento.

Para mais informações, consulte a Loumar Turismo. No Instagram da Loumar, existe um Destaque com Stories relatando o passeio por completo. Confira

Previous slide
Next slide