Previous slide
Next slide

Parque das Aves inaugura novo espaço

Previous slide
Next slide
Foto: Christian Rizzi

O Parque das Aves inaugurou um novo espaço para os visitantes. Trata-se do local denominado “Como salvamos espécies”. O Mutum-de-alagoas, ave extinta desde 1970 no país, será o primeiro animal a ser trazido para perto do público neste espaço.

A solenidade realizada na tarde desta segunda, 29, foi acompanhada pelo secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla, a secretária de Meio Ambiente, Ana Biesek, o presidente do Comtur, Felipe Gonzalez, o diretor executivo do Iguassu Convention & Visitors Bureau, Basileu Tavares, e o presidente do Sindetur, Licério Santos.

O lugar trará diversas informações sobre como o Parque trabalha para evitar o desaparecimento de espécies, entre elas o mutum-de-alagoas. O visitante tem a oportunidade única de conhecer bem de perto a espécie, além de aprender mais sobre as razões que levaram à sua extinção e o que elas podem fazer para que outros animais não cheguem nessa situação.

A fundadora do Parque das Aves, dra. Anna Croukamp, informou que a chegada do Mutum-de-Alagoas ampliou a missão do local. “Decidimos tornar de um zoológico de aves exóticas do mundo inteiro para um centro de conservação integrada da mata atlântica. Esse trabalho é gigantesco e precisa de muitos parceiros, muito conhecimento, não só do Brasil, mas de especialistas do mundo inteiro. É um projeto ousado que visa proteger e conservar as espécies”, contou.  

O Mutum-de-alagoas é um dos 11 animais extintos na natureza no Brasil, por isso mesmo trabalho de reprodução, conservação e educação ambiental é fundamental. Como participante do Programa de Cativeiro do Mutum-de-alagoas, o Parque das Aves recebeu, em junho de 2015, 10 casais da ave, vindos do criadouro CRAX, em Minas Gerais.

Foto: Christian Rizzi

Desde então já nasceram mais de 20 filhotes no Parque, aumentando em 10% a população mundial da ave. Atualmente, a espécie depende da reprodução sob cuidados humanos para que isso aconteça, pois só existiam três desses animais quando as ações de conservação foram iniciadas.

A médica veterinária e diretora técnica do local, Paloma Bosso, conta que a espécie tem um grau bem alto de ameaça. “A prioridade era a reprodução, e agora esse próximo passo é permitir que o público veja os pássaros”, contou.

Ao visitar o Parque das Aves é possível conhecer três Mutuns. Os três foram escolhidos por terem um perfil mais sociável, com mais chances de ficarem confortáveis com a proximidade das pessoas. Os demais pássaros continuarão acessíveis apenas aos tratadores.

O próximo passo, depois da reprodução e da exibição dos pássaros, é avaliar quando eles poderão ser novamente soltos. “Nosso objetivo nunca foi reproduzi-los apenas para que pudessem ser mantidos em cativeiro, mas sim libertá-los para que possam viver novamente na natureza”, explica Paloma.

O Parque das Aves é um centro de conservação da Mata Atlântica e recebeu em 2017 mais de 820 mil visitantes.

Previous slide
Next slide