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Política contra a dengue será debatida em audiência pública

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Na segunda-feira (dia 10), às 19 horas, a população está convidada a participar da audiência pública que pretende debater, com profundidade e de maneira técnica, toda a política de enfrentamento da dengue. A audiência foi sugerida pelo vereador Carlos Juliano Budel, por meio de requerimento aprovado pela Câmara de Vereadores.

O debate que contará com especialistas e autoridades responsáveis, pretende buscar respostas para questionamentos como por exemplo, o que fazer para a população se conscientizar sobre a necessidade de manter, periodicamente, seus quintais limpos e evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Ou ainda, se o conhecido inseticida lançado por equipamento costal ou por veículos, mais conhecidos como fumacê, causam danos à saúde e ao meio ambiente.

Budel afirma que esse debate é necessário para aumentar o grau de conscientização entre os moradores, visto que a maior parte dos criadouros detectados pelas equipes do CCZ – Centro de Controle de Zoonoses ainda é encontrada no interior dos imóveis. “Precisamos identificar quais pontos precisam ser reforçados e, por isso, serão convidados os técnicos do setor epidemiológico, os agentes de ações de controle do vetor, como o CCZ, além da população em geral”, explicou o vereador.

Budel destaca que o debate sobre o tema é muito importante em função das epidemias registradas anteriormente na cidade e a forte circulação de turistas procedentes de todas as partes do país e ainda, de moradores da Argentina e Paraguai, sendo que neste último houve registros de mortes na epidemia do ano passado.

“Temos que estar constantemente em alerta e agir preventivamente”, ressaltou o vereador. Essa preocupação é ainda mais pertinente após a constatação, em agosto passado, da circulação do vírus da dengue do tipo 4 na cidade, variante até então inédita e muito perigosa para a cidade que já enfrentou vários surtos epidêmicos nos últimos anos.

A manifestação da Den-4 é semelhante aos outros tipos de dengue (Den-1, Den-2 e Den-3). Mas se a pessoa já tiver sido infectada por outro tipo de dengue, pode haver complicações, como lesões nos vasos sanguíneos, causando hemorragia e até a morte.

Depósitos de veículos – 
Também serão convidados para a audiência pública os responsáveis pelos órgãos públicos que mantém em seus pátios veículos apreendidos na fronteira, como a Polícia Militar, a Refeita Federal, e outros. O objetivo é conhecer quais são as ações desenvolvidas para evitar a formação de poças d´água e, conseqüentemente, criadouros ideais para o mosquito transmissor da dengue. Budel é autor da lei nª 3.631, de novembro de 2009, que torna obrigatório aos estabelecimentos públicos ou privados, estacionarem ou depositarem veículos e motos apreendidos em local coberto. Naquela oportunidade foi concedido um prazo de um ano para que todos pudessem se adequar às exigências da lei, sob pena de cassação do alvará de funcionamento.

No entanto, até que todos providenciassem a cobertura, a lei determinava que fossem providenciadas coberturas plásticas, ou de material impermeável, nos veículos sob a sua guarda.

O descumprimento dessa lei sujeita aos responsáveis o pagamento de multa mensal no valor equivalente a 22 UFFI, cabendo sua aplicação somente duas vezes. A terceira notificação incidiria em cassação automática do alvará de funcionamento.

Números de dengue – 
De agosto de 2010 a julho de 2011, foram confirmados 29.207 casos de dengue no estado do Paraná. Quatorze pessoas morreram. Somente em Foz do Iguaçu foram confirmados 2.888 casos nesse período, sendo cinqüenta hemorrágicos.

Desde agosto passado, a regional de Foz do Iguaçu – que abrange nove municípios do Extremo Oeste – registrou 22 casos dos 281 confirmados em todo o Estado. Destes, 21 foram em Foz do Iguaçu.
 

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