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Sem um teatro, Foz do Iguaçu perde apresentação do Balé Nacional de Cuba

Foto: Divulgação
O Espetáculo é uma homenagem às Cataratas do Iguaçu

Será a primeira vez que o Balé Nacional de Cuba apresentará uma adaptação feita a partir de uma história que não é clássica. A peça conta a versão guarani da origem das Cataratas do Iguaçu. Por falta de estrutura o grupo – um dos mais renomados do mundo – não se apresentará na cidade.

De acordo com o assessor cultural da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, Foz não tem um teatro que suportaria a estrutura técnica demandada pela escola do Balé Nacional de Cuba.

“Não é questão de espaço, é necessidade técnica, Cuba é um país que preza muito pela cultura e a escola é muito rígida, o teatro mais próximo capaz de suportar este espetáculo seria o Municipal de Toledo”, justifica Rodrigues.

O elenco da peça precisaria de uma estrutura fora dos padrões locais para o espetáculo, sete camarins, sala especial de ensaio, acústica entre outras especificações que a cidade ainda está longe de poder atender.

Esta também será a primeira vez que o Balé Nacional de Cuba apresentará “A Lenda de Água Grande” fora de Havana. A turnê no Brasil começa dia de 19 de julho em Brasília com duas apresentações.

Em seguida o grupo faz três apresentações em Salvador e cinco em São Paulo, ainda sem datas definidas. Em cada cidade a companhia fará uma apresentação gratuita e as restantes com valor entre R$15 e R$30.

O espetáculo é uma homenagem de Cuba à cultura dos índios guaranis que vivem nas reservas no Brasil, Argentina e Paraguai. “A Lenda de Água Grande” é um balé de dois atos, foi apresentado pela primeira vez em 2010 no Grande Teatro de Havana.

A coreografia é de Eduardo Blanco e a música de Miguel Núñez, o balé conta a história de Naipí e Tarobá até o momento que surgem as Cataratas do Iguaçu. A versão cubana é coordenada pela primeira dançarina do Balé de Cuba, Alícia Alonso, ela é também uma das mais renomadas diretoras daquele país.