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Senadores querem ouvir prefeito de Caracas para definir inclusão da Venezuela no Mercosul

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A Comissão de Relações Exteriores do Senado deve convidar o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, para uma audiência pública nos próximos dias. Na quarta-feira (7), pela primeira vez, o político defendeu o ingresso da Venezuela no Mercosul. Contrário ao governo do presidente Hugo Chávez, Ledezma criticava a participação venezuelana no bloco. A participação da Venezuela no bloco econômico é tema de controvérsia entre os senadores que votarão o relatório definindo a questão no dia 29.

“É um fator novo e que traz elementos que merecem discussão e análise. Já estou em negociação para que o prefeito venha o mais rápido possível participar da audiência na comissão”, disse o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Segundo o senador, o tema não foi colocado em votação, mas o objetivo é ouvir o prefeito para sanar dúvidas e colaborar para o debate.

A mudança de opinião de Ledezma foi transmitida nesta quinta-feira (8) pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que mostrou à comissão uma entrevista concedida pelo prefeito à imprensa venezuelana defendendo o ingresso de seu país no Mercosul. A iniciativa surpreendeu os políticos brasileiros, pois, em maio, Ledezma enviou correspondência ao Senado Federal pedindo o veto à entrada da Venezuela.

Na carta enviada ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Ledezma apelou aos senadores argumentando que o ingresso da Venezuela seria “um precedente muito grave” ao lembrar que Chávez chamou os senadores de “papagaios do império americano”. O prefeito se referiu às críticas do presidente venezuelano à demora na definição sobre a participação de seu país no bloco insinuando uma suposta subserviência brasileira à política norte-americana.

A proposta de integração da Venezuela aguarda votação, no dia 29. O relatório do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE), recomenda o veto, enquanto o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), apresentará um voto em separado (espécie de relatório paralelo) defendendo a participação venezuelana.

Contrário à entrada da Venezuela, Tasso apresentou um relatório duro com críticas políticas e técnicas. Segundo ele, os aspectos positivos sobre a possível participação do país vizinho no bloco são insuficientes. O assunto gera divergências entre os parlamentares e por isso houve um pedido coletivo de vista do relatório, no último dia 1º.

Se o relatório de Tasso for rejeitado, será arquivado. Mas, uma vez aprovada a participação da Venezuela no Mercosul, a proposta seguirá para análise do plenário do Senado.

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