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Servidores Federais fazem manifesto em Foz do Iguaçu

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Desde às 9h da manhã desta quarta-feira (03) cerca de 150 servidores federais entre Policiais Rodoviários Federais, Policiais Federais, Agentes da Receita Federal, Fiscais Agropecuários e Fiscais do Trabalho, estão mobilizados em cima da cabeceira da Ponte Internacional da Amizade.

Foto: Garon Piceli/Clickfoz
Movimento dos servidores deixou o trânsito mais lento na fronteira entre Brasil e Paraguai

Com faixas, cartazes e fogos de artifício, os servidores se reuniram para mais uma vez cobrar um posicionamento do Governo Federal sobre a regulamentação de seus direitos. A categoria reivindica a implementação da chamada indenização de fronteira, que deveria ter entrado em vigor há exatamente um ano. “Hoje nós completamos um ano da publicação da lei 12.855 que instituiu a criação da indenização de fronteira. Este é um dos benefícios que estão no plano de desenvolvimento das fronteiras. Este é um projeto do próprio Governo Federal, mas, que até hoje não saiu do papel”, disse a diretora do Sindicato dos Policiais Federais de Foz do Iguaçu, Bibiana Orsi
 

Foto: Garon Piceli/Clickfoz
"Não adianta falar em fiscalização se as nossas fronteiras continuarem abertas", falou a diretora do sindicato dos Policiais Federais em Foz do Iguaçu, Bibiana Orsi

 
Outro problema enfrentado pelos agentes é falta de efetivo. Os policiais federais que atuam em Foz do Iguaçu, por exemplo, trabalham com um número de agentes 33% menor do que o ideal.  “Nós temos um êxodo funcional aqui. Faltam servidores e os concursos não conseguem repor. Isso acaba gerando uma sobrecarga de trabalho e uma periculosidade ainda maior no desempenho das atividades”, explicou Orsi.

O manifesto contou com a participação de servidores de várias cidades. “Nós queremos continuar na fronteira. São nelas que se concentram as maiores organizações criminosas. O Brasil não planta maconha, não produz fuzis, pistolas. Não adianta falar de segurança, não adianta falar em fiscalização, se as nossas fronteiras continuarem abertas", falou a diretora. 
 

Foto: Garon Piceli/Clickfoz
Manifestantes levaram vários pacotes de gelo e montaram uma "escultura" para mostrar a indignação da categoria

 
O representante do sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Paraná, Sidnei Nunes de Souza, também comentou como está a atual situação da categoria. “É lamentável. Temos aí 90% do efetivo pedindo transferência para grandes centros, porque não querem mais trabalhar aqui. Hoje, nós temos apenas três policiais atuando por dia na Ponte da Amizade, aonde temos um fluxo de cerca de 35 mil pessoas diariamente. Temos apenas 118 servidores para distribuir em vários postos de fiscalização. A Delegacia de Foz do Iguaçu deveria, no mínimo, dobrar o efetivo”.  
 

Foto: Garon Piceli/Clickfoz
Servidores, para chamar a atenção da população que transitava pela PIA nesta manhã, soltaram fogos de artifício

 
Caso o impasse não seja resolvido, os servidores devem adotar outras estratégias. “Como estamos sendo discriminados e abandonados em relação ao resto do efetivo, nós iremos nos comportar de modo diferente. Talvez com paralisações nas faixas de fronteira. Talvez com mobilizações mais frequentes”, concluiu Bibiana.

A mobilização em frente a aduana brasileira, deve seguir até o meio dia desta quarta-feira (3).

 

 
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