Previous slide
Next slide

Taxímetros, regras e abusos

Previous slide
Next slide

Amigos, vou relatar dois casos.

  

Relato 1 – Na saída do bar – Sábado

Saindo de um bar localizado na Avenida Paraná, em torno de uma hora da manhã, um táxi parado em frente me poupou de ter que ligar para conseguir transporte para casa. Ao entrar no veículo prontamente disse o destino e partimos. Tão logo percebi que o motorista havia “esquecido” de ligar no taxímetro o alertei e recebi um bonito “está quebrado”. “Quebrado?” “Sim, quebrado. Vai dar uns 15 reais até lá”. As corridas até minha casa, geralmente, dão 8 reais. Perguntei a ele o porquê não arrumava o taxímetro e ele me disse que não precisava, pois só fazia corridas “fechadas”. Logo, o equipamento era “inútil”.

Relato 2 – Na Vila Portes – Segunda-feira

Eu vinha – de Transporte Coletivo – de Itaipu e estava atrasado para um compromisso no Centro da cidade. Como os amigos leitores sabem que o Transporte de Foz é algo “avassalador” de paciência, esgotei a minha e resolvi descer na região da Ponte da Amizade. Em frente a um Ponto de Táxi. Era minha salvação para – tentar – diminuir o atraso. Doce engano. Primeiro, tive um pouco de trabalho para encontrar o motorista, que estava almoçando. Para não atrapalhar a refeição, ele orientou que um outro rapaz, que depois eu soube não ser taxista, a me levar. Assustado, mas atrasado, e sem outro táxi disponível (pois aquele estava “na vez”) embarquei. Saímos em direção à JK e, prontamente, o telefone tocou, orientando o “motorista reserva” a ir “pela Beira-Rio pois havia uma blitz do FozTrans na JK”. Tivemos que fazer um desvio. Já pelas tantas, vi o taxímetro desligado e (pensando eu ser o rapaz qualquer coisa menos taxista, logo, teria, pela falta de prática, esquecido de ligar) e recebi um taxativo “vai dar 20 reais”. Perguntei, então, se não seria possível ligar, pois “o correto é usar o taxímetro”. A resposta seca foi “aqui na Vila Porte não funciona assim”. Eu, no táxi, com aquele rapaz irritado, na Beira-Rio, resolvi não reclamar mais e segui meu caminho.

Os dois relatos mostram algumas coisas:
1 – Ainda não estamos prontos para o novo perfil de turista e usuário dos serviços urbanos.
2 – A fiscalização deve ser mais efetiva.

Obviamente, fiz minha parte em anotar os números dos táxis e proceder com as devidas queixas nos órgãos competentes. Geralmente não recebo respostas, mas, ao menos, cumpro minha parte em denunciar.

Sou usuário dos serviços de táxi diariamente e, além dos casos relatados, já vi, com você, caro leitor, também deve ter visto, situações tão – ou mais – bizarras. Mas há, claro, uma maioria de profissionais que trabalha de forma correta e merecem nosso respeito e admiração.

Agora, sinceramente, que dá uma raiva e uma sensação de impossibilidade, isso dá.

Uma boa semana a todos!

 


 

 

 * Luiz Henrique Dias é dramaturgo, presidente da Academia de Letras de Foz do Iguaçu. Leia mais em www.luizhenriquedias.com.br

 

 

  A opinião emitida nesta coluna não representa necessariamente o posicionamento deste veículo de comunicação

 

Previous slide
Next slide