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Testemunha declara que "Plena Paz é a ponta do iceberg"

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A Comissão de Investigação ouviu o segundo depoimento a fim de investigar o esquema de corrupção envolvendo a Associação Plena Paz. A funcionária pública há 20 anos, Fátima Dalmagro, ex-chefe da Divisão de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social, testemunhou por 2h na Câmara Municipal. 
 
“Enquanto estava no cargo, percebi que as coisas não estavam corretas. Funcionários da Plena Paz me diziam que não havia comida”, contou. Segundo Dalmagro, os alimentos eram entregues ao Presidente da Associação, Celso do Amaral, mas era preciso que os empregados arrecadassem dinheiro para que os internos não passassem fome. “Em um determinado mês, um mercado doou 1.600kg de alimento para a Plena Paz, fora equipamentos. Nada está na Associação. Me disseram que foi tudo vendido”. 
 

 
Quando fazia parte do Conselho Municipal de Assistência Social, em dezembro passado, o registro provisório da Plena Paz foi para votação em Plenário e rejeitado. Entretanto, o Presidente o aprovou mesmo assim. Em 08 de março deste ano, o registrou expirou, mas houve repasse à entidade no valor de R$75 mil após o prazo, sendo que não poderia ser feito. A testemunha chegou a fazer uma comparação da relação da Secretaria de Assistência Social e Associação Plena Paz a um casamento. “Eu saía às 14h e ele chegava e ia para o gabinete de Rosilene (Link). Ali as negociações deveriam acontecer. No Bazar da entidade – realizado em março – Celso deu perfumes para a Secretária”. 
 
Conforme os fatos ocorriam, Fátima disse que questionava a Secretária Municipal de Assistência Social, Rosilene Link. “Não entendia como uma entidade com 70 crianças recebia uma subvenção de R$9 mil e a Plena Paz, de número muito inferior de internos, R$25 mil para adolescentes e adultos e mais R$9 mil para mulheres”. Após os questionamentos à Secretária, Dalmagro disse ter começado a ser perseguida e teve que entregar o cargo em março. 
 
Fátima declarou, ainda, que foi chamada pelo Prefeito ao seu gabinete, onde ele teria perguntado se ela iria realmente participar da CPI. Em resposta, a servidora disse que não havia motivos para não depor. 
Ao final do depoimento, a funcionária pública pediu proteção à testemunha e declarou que “Plena Paz é apenas a ponta do iceberg”. 
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