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Um salão de sensações

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Olá respeitável leitor!Estive distante por algumas semanas devido ao meu intenso envolvimento com o Salão Internacional do Livro – 2012 aqui de Foz do Iguaçu. Inclusive é justamente sobre isso que quero compartilhar com você.

Para mim foi uma mistura de emoções ter feito parte mais uma vez da equipe de organização deste evento que está crescendo cada vez mais e se tornando parte da cultura iguaçuense.

Cada evento tem suas particularidades, mas nos preparativos pré salão do livro sempre há a preocupação quanto à estrutura, a vinda dos escritores e do público, a programação artística, a logística para que tudo aconteça de forma gratificante para o visitante, enfim… Muita expectativa e energia positiva para que pelo menos quase tudo dê certo. Claro que realmente nem tudo dá certo, e nesses momentos é preciso muito autocontrole e habilidade para lidar com os gigantes egos, estrutura limitada, os imprevistos dos convidados, a falta de comunicação e educação, falha do microfone, desvios de funções, sono, cansaço, enfim, problemas que perante o resultado, acabam tornando-se pequenos, mas ainda assim relevantes para um aprendizado e a não repetição dos mesmos erros em outras ocasiões.

O que mais gosto de fazer é contribuir para a humanização de pessoas e é maravilhoso fazer algo que se gosta, melhor ainda quando há o reconhecimento em forma de satisfação do outro, satisfação esta que, apesar de algumas dificuldades foi possível vê-la nos olhos de quem visitou o salão.

Eu vi a alegria da criança que ouviu a história e a brincadeira do palhaço, do poeta que ouviu a leitura de seu poema, do palestrante que recebeu atenção durante sua fala, do senhor que recebeu música e poesia dos artistas, do leitor que recebeu autógrafo do seu admirado escritor, do professor que falou de seu projeto de ensino e recebeu emocionada gratidão de um pai, do estudante que descobriu o escritor local, do fotógrafo que capturou a melhor expressão, do visitante que dançou inúmeros ritmos, do jovem que cantou livre rap, repente e concluiu que isso é possível porque felizmente não estamos mais em tempos de ditadura.

O Salão Internacional do Livro de 2012 foi uma verdadeira festa que teve o poder das artes, principalmente da literatura reunindo pessoas que viveram em comunhão momentos de conhecimentos, discussões, diversão, leituras, reflexões e tantas outras sensações que certamente ficarão na memória emotiva de todos que se permitiram vivenciar. Deixo aqui meu desejo que essa cidade tenha cada vez mais o respeito e o enriquecimento de sua cultura. Que assim seja!

 

  

 


 
 

 

 

 

*Claudia Ribeiro é  atriz, contadora de história, produtora, dramaturga e professora.

 

 

 

 

 

 

 

  A opinião emitida nesta coluna não representa necessariamente o posicionamento deste veículo de comunicação

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