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Reformulação do Transporte Coletivo de Foz do Iguaçu prevê economia e maior eficiência

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Na manhã de quarta-feira (31), o prefeito de Foz do Iguaçu Paulo Mac Donald Ghisi recebeu o projeto final do novo sistema de Transporte Coletivo. O plano desenvolvido pela Logitrans, de Curitiba, foi apresentado pelos diretores da empresa Garrone Reck e Antonio Carlos Marchezetti em reunião que contou também com a participação do diretor superintendente do Foztrans, engenheiro Ailton José de Farias. A reformulação total do sistema contempla num mesmo projeto racionalidade, economia e maior eficiência dos serviços.

A Logitrans ouviu mais de 10 mil usuários com intuito de identificar as demandas, destinos e necessidades de quem utiliza o serviço.

Resultado

 

O resultado surpreende pelo grande desperdício de quilômetros rodados, consumo de combustível e ineficácia. Os levantamentos realizados durante quatro meses resultaram no projeto técnico que vai nortear o edital da nova licitação. A frota será renovada e modernizada, o tempo médio de espera nos pontos de ônibus será reduzido para menos da metade e usuário terá mais conforto e qualidade do serviço prestado. 

O diretor superintendente do Foztrans, Ailton Farias explicou que na licitação será exigida a implantação do sistema do transporte coletivo que atenda rigorosamente o projeto. “Esta será uma condição na licitação”. Ele disse que o edital deverá ser lançado dentro de 60 dias, sendo contratada uma empresa para montar a proposta. “A população será beneficiada principalmente em razão da qualidade e da redução, para menos da metade do tempo de deslocamento”.

 

30 minutos

 

O diretor da Logitrans, Garrone Reck, informou que o estudo apontou que no sistema atual 50% da população espera pelo ônibus por mais de 30 minutos, enquanto que o novo sistema só 3% terá este tempo de espera. “É uma redução de mais da metade do tempo. Com o redesenho do sistema houve uma redução de 30% no tempo total de deslocamento. Quando se gasta hoje em média uma hora, passará para 20 minutos. O benefício nesta redução implica em melhoria da qualidade de vida”, disse.

 

Diagnóstico – Deficiência do sistema atual

 

Garrone explicou que o diagnóstico indicou bastante deficiência do sistema atual em que o usuário está submetido à lógica de operação muito ruim e confusa com perdas ou percursos desnecessários. “Basicamente a rede de linhas gera ineficiência com uma sobreposição de serviços e quilometragens de ônibus excessivas e sem produtividade. Ao longo dos anos o sistema foi encolhendo e não houve um reordenamento para estabelecer uma lógica do serviço adequado com a demanda, porque ela muda. Há 15 anos atrás o fluxo era direcionado para o comércio da Ponte. Hoje o movimento está no anel central da cidade, em razão das atividades econômicas desenvolvidas”, comentou o diretor.
Observou-se também no diagnóstico o aumento excessivo da frota de veículos e motos em que as pessoas passaram a ter mais opção para o transporte. “Com isso teve redução de demanda. Em função disso é fundamental melhorar o serviço, priorizar a qualidade, melhorar a oferta, cobertura e lógica operacional”, apontou.

 

Frota

 

A frota não sofre alterações na quantidade, mas sim na especificação e qualidade. “Os ônibus terão que ser novos, zero quilometro, mais leves, com limite de vida útil de oito anos. São dois modelos, o convencional com três portas e capacidade para 70 passageiros e na quantidade de 130 ônibus. E, o micro ônibus para fazer as linhas de baixa demanda para 35 passageiros, sendo um total de 20 unidades. Há também uma reserva técnica de 15 unidades. Quanto à inclusão ou não do ar condicionado, será remetida a avaliação da saúde pública, considerando as doenças infecto contagiosas. O importante é que tenha renovação de ar para inibir a transmissão de doenças, por isso vamos seguir a norma técnica brasileira”, disse o diretor de operações da Logitrans, engenheiro Antonio Carlos Marchezetti.

 

Linhas

 

As linhas serão dimensionadas para operar com esta frota que no decorrer do contrato deve ter vida média útil de quatro anos e nenhum ônibus poderá operar no sistema com mais de oito anos de uso. Atualmente existem ônibus de até dez anos de uso em circulação.

As freqüências serão reajustadas dependendo da demanda, considerando os horários de pico 7h, 12h e 18h e os de queda nestes intervalos.

 

Racionalização

 

O serviço irá oferecer menos tempo no ponto de ônibus, de cinco a 10 minutos, com intervalos de freqüência menores, além de menor tempo no deslocamento. “O grande ganho é este reduzir para as pessoas, o tempo total da viagem, entre caminhar, esperar o ônibus e se deslocar. E, também quando é necessário fazer transferência de veículo no terminal, para determinados deslocamentos. Porque o passageiro não irá precisar mudar de ônibus”, explicou Marchezetti.  

Na região de Três Lagoas o projeto prevê um Terminal de Integração de bairros, para melhor atender a área. A partir deste terminal sairão serviços para toda a cidade, para a ponte, centro, Vila C, Porto Meira, e outros. Quanto aos itinerários atuais não há prejuízos porque se mantém a maioria deles, com uma estrutura de serviços mais racional.

 


 

 

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