Vencedor do Prêmio Jabuti 2008 como Melhor Livro de Ficção com a obra “O Menino que Vendia Palavras”, o escritor e jornalista Ignácio Loyola Brandão tem dois encontros nesta segunda-feira, 04, com o público do Salão Internacional do Livro de Foz do Iguaçu. Ás 9h30 ele participa de um bate-papo com alunos das escolas públicas e privadas da cidade; Á noite, às 19h30, fala com acadêmicos, pais e professores. Loyola Brandão, com mais de 30 obras publicadas, é especialista não apenas em livros infanto-juvenis, mas também em romances, contos, crônicas e biografias. Além de falar de suas obras, ele desvendará os segredos de como desenvolver uma biografia. Na terça-feira (5), o assunto é sobre “O Blog e a Literatura” com Fabrício Carpinejar.
Abertura – O circuito de atividades culturais em Foz do Iguaçu foi aberto na sexta-feira (1) e prossegue até o dia 10 em frente da Fundação Cultural. A solenidade contou com a presença de várias autoridades civis e militares, além de livreiros, escritores locais e nacionais e, da comunidade em geral. Na abertura, a comissão organizadora do evento fez uma homenagem ao governador do Paraná, Roberto Requião como patrono do Salão. Na sequência, a secretária de estado da Cultura, Vera Mussi falou sobre o Projeto Biblioteca Cidadã.
O ponto alto da noite foi apresentação da música-tema “Livros”, pelo cantor Eduardo Cáffaro. Durante a cerimônia, o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, destacou a importância de atividades como essa para o desenvolvimento do cidadão. E a presidente do Instituto da Cultura, Educação, Esporte e Turismo, Sueli Brandão, realizadora do evento, agradeceu o apoio dos parceiros e destacou o objetivo dessa maratona de atividades. “A nossa proposta é divulgar o livro e incentivar a leitura”.
O escritor Cristóvão Tezza, um dos mais premiamos de 2008, foi um dos primeiros palestrantes do Salão. Tezza, salientou que a idéia de levar os livros para as ruas, é uma idéia maravilhosa. “A forma como foram montados os estandes, em um local aberto, onde as pessoas podem circular tranqüilamente é muito simpática, e a programação de palestras está muito boa”, destacou.
Avanço – O advogado Joel de Lima, assistente do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge o Samek, relembrou o quanto à cidade cresceu nos últimos anos no que diz respeito à cultura. Conforme Joel de Lima, há 10 anos, era difícil divulgar pequenas publicações populares, os chamados fanzinis. Hoje, Foz, além de contar com grandes escritores, tem um espaço como o Salão do Livro para discutir literatura. “Esse espaço é o início de uma mudança cultural”, frisou.
Frente Parlamentar – No Sábado, o deputado federal Marcelo Almeida, presidente da Frente Parlamentar Mista de Leitura, conversou com público sobre os projetos de incentivo a literatura do qual encabeça. Segundo ele, uma das principais propostas é a criação do Fundo Setorial do Livro. O fundo, ainda em votação no Congresso Nacional, será mantido com a destinação de 1% do faturamento anual da indústria editorial brasileira. Cerca de R$ 40 milhões. O montante será investido na construção de bibliotecas e projetos culturais semelhantes ao Salão do Livro.
Como cidadão, Marcelo Almeida garantiu fazer a parte dele. Mensalmente o deputado compra 300 livros e distribui para diversas pessoas. Depois, reúne todos beneficiados para uma discussão. “A minha vida é pautada pela literatura”, frisou. Durante o bate-papo no Salão do Livro, ele comprou exemplares e distribuiu entre os participantes.
O Salão Internacional do Livro prossegue até dia 10 com diversas atividades culturais e com a Feira do Livro. Durante a semana, abre às 9h e encerra os trabalhos às 22h.
