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A cidade que poderia encantar ainda mais seus moradores

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Foz do Iguaçu e seus 104 anos.  Comemoro com todos aqueles que aqui nasceram ou que escolheram a cidade, como eu, pra viver, trabalhar, criar seus filhos e, porque não, até morrer.

A data é única, mas coexistem duas Foz do Iguaçu distintas no mesmo território. De um lado, uma cidade encantadora, que possui uma das novas 7 maravilhas da natureza, que os turistas adoram, com índices fantásticos de aprovação dos serviços e da estrutura turística disponível. E do outro, uma cidade que a população local carece das mesmas facilidades encontradas pelos visitantes.

A cidade que não encanta seus moradores, por muitas vezes á apenas coadjuvante das Cataratas do Iguaçu. Está na hora de dar um status de protagonista, só assim a cidade toda pode sentir o que os turistas aqui sentem.

Temos tudo para ser uma Smart City. Dimensões ideais, população com muita diversidade, o que acaba aumentando a criatividade e respeito as diferenças, cidade pujante comercialmente e um dos maiores orçamentos per capta do Brasil, além de toda estrutura do Parque Tecnológico de Itaipu a disposição, que apesar dos esforços, não conseguiu que as inovações desenvolvidas lá fossem utilizadas fora de seus domínios.

Não é difícil ser uma cidade cuja visão de desenvolvimento urbano esteja totalmente atrelada a tecnologia da informação conectada a Internet das Coisas (IoT). Tudo está ficando mais fácil em várias partes do mundo, menos aqui.

O simples ato de pagar o Zona Azul pelo celular quando paramos o carro ao invés de procurar a vendedora, ou sair catando as escassas moedas para inserir no parquímetro, já torna a cidade um pouco mais inteligente, concorda?

Imagine então o uso da tecnologia para auxiliar na mobilidade, na logística, no trânsito, no atendimento de uma demanda pública, sem precisar enfrentar longas filas nas repartições públicas, sem contar com o desafio de planejar a cidade, com a construção de escolas e postos médicos exatamente dentro de uma necessidade geográfica. Quantos dados poderiam ser levantados para uma segurança de maior resultado e a economia em energia que a cidade pode ter com sensores inteligentes, a coleta de lixo e a melhor utilização dos servidores públicos entre outras dezenas de aplicações no dia a dia de uma cidade, com impactos fabulosos na economia do município e no bem estar da população.

É óbvio que a cidade não fica inteligente sozinha. Precisa da junção de esforços de uma série de agentes, públicos, empresas e organizações não-governamentais, unidos para que os benefícios cheguem a quem mais interessa, o usuário final.

É um desafio enorme para desenvolver um ecossistema que tenha seus propósitos de transformar a vida dos moradores de Foz do Iguaçu com facilidades que somente a visão de uma verdadeira Smart City pode trazer.

Há décadas tenho ouvido, que cidade boa pro turista é aquela que também é boa pro morador. Mas, infelizmente e com tristeza, vejo que a cidade está cada vez melhor apenas pro turista e menos boa para os moradores, veja o caso das recentes praças públicas que foram entregues à população sem estarem prontas.

Contudo a confiança e otimismo que sempre foram minhas características em sempre acreditar e investir nessa cidade, possibilitam-me a acreditar que um dia seremos uma só Foz do Iguaçu – a cidade que continuará sendo boa aos visitantes pode ao mesmo tempo, com a ajuda das tecnologias e inovações, ser ótima  para seus moradores.

* Marcelo Valente é empresário, consultor e especialista em inovação em turismo em diversos projetos ligados a hotelaria, mobilidade e experiência do viajante.

CONFIRA:
ESPECIALISTAS ANALISAM AVANÇOS E FUTURO DE FOZ, QUE COMPLETA 104 ANOS NESTE DOMINGO, 10

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