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A importância de um teatro municipal

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Atenção!

 

A população do Paraná, principalmente a classe artística iniciou a semana com uma triste notícia, o Cine Teatro Ouro Verde localizado na cidade de Londrina pegou fogo no último domingo. Aliás, tamanha tristeza não restringe apenas aos paranaenses, pois aquele espaço já foi palco para artistas de muitos cantos do mundo. O Cine Teatro Ouro Verde era um dos mais antigos cinemas do interior do Paraná e desde 1978 pertencia à Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Londrina, assim como Foz do Iguaçu não possui um teatro municipal. Nosso único “teatro” público, cuja inauguração ocorreu em 1989, segundo o site da prefeitura, é o Teatro Barracão, batizado de Teatro Municipal Ottília Schimmelpfeng e que se encontra no Bairro Jardim São Paulo aos cuidados de uma entidade local que o utiliza, na medida do possível, para ensaios, apresentações e oficinas. Mas, repito, é um espaço público.

Estive lá no último fim de semana para assistir a uma apresentação e cada vez que entro naquele espaço a indignação acaba tomando conta de meus pensamentos. Não consigo entender por que ainda não foi feito nada para melhorá-lo, uma reforma, uma simples inclinação das cadeiras, afinal o público que senta nas últimas poltronas tem a visibilidade prejudicada, faltam coxias, não há camarins decentes, falta isolamento acústico, não há ar condicionado, sendo que isso é um item quase que indispensável considerando que aqui faz dias insuportáveis de calor. Enfim, é uma estrutura que faz parte da história de Foz do Iguaçu, mas não recebe uma atenção relevante.

Talvez agora Londrina receba o olhar do poder público e conquiste a construção de um teatro municipal.

E nós? Será que nosso teatro barracão terá que pegar fogo também para, quem sabe, termos um teatro municipal e demais espaços públicos que possam abrigar nossas apresentações e nossa plateia?

Aqui no Clickfoz, há alguns meses lemos que cada escola de samba que irá desfilar em nosso carnaval nesse ano, recebeu aproximadamente 50 mil reais dos cofres públicos. Não sei se isso é justo ou não, se é correto ou não. Não estou disposta no momento a entrar nessa discussão, mas o fato é que todas as manifestações culturais são sim importantes e talvez, com 150 mil reais, seria possível realizar as principais reformas no único teatro público da cidade e assim, todos seriam beneficiados, os amantes do carnaval, do teatro, da dança, do circo, da música, etc. Fica aqui uma reflexão.

 


 
 

 

 

 

*Claudia Ribeiro é  atriz, contadora de história, produtora, dramaturga e professora.

 

 

 

 

 

 

 

  A opinião emitida nesta coluna não representa necessariamente o posicionamento deste veículo de comunicação 

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