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Aos 38 anos, Itaipu é uma gigante que não para de crescer

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Sexta-feira, 17 de maio de 1974. Um dia que viria a ser comemorado por muita gente – inclusive, gente que ainda nem tinha nascido. Naquele dia, há 38 anos, o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, encontrou-se com o presidente paraguaio, Alfredo Stroessner, às margens do Rio Paraná em Foz do Iguaçu, para criar a Itaipu Binacional, usina hidrelétrica que viria a ser a maior do planeta em produção de energia. A “nossa” Itaipu.

Um projeto de tamanha magnitude, que implicaria no desvio do curso natural do 14º rio mais longo do mundo, não nasceu pronto. Exigiu estudos que começaram quase dez anos antes, em 1965, com as negociações entre as chancelarias brasileira e paraguaia. E os estudos logo comprovaram que aquele ponto seria ideal para construir o projeto que garantiria a energia necessária para o Brasil e o Paraguai crescerem.
 

Quem passeia pela usina hoje e se encanta com a tranquilidade das vias, o ruído das águas e os animais que surgem aqui e ali mal consegue imaginar o formigueiro humano que havia no local há menos de quatro décadas. Somente vendo as fotos da época é possível compreender exatamente o que significou mudar o caminho das águas para construir o gigante de concreto e aço que abriga, hoje, 20 unidades geradoras.

Mais difícil ainda é acreditar que em menos de dez anos depois do início das obras, a usina já gerava energia. Para isso, foi necessário trabalhar noite e dia, sem feriados, com muito planejamento e uma sucessão de recordes de lançamento de concreto num único dia, mês ou ano.

Os números eram tão grandiosos quanto a construção: 1,2 milhão de folhas de desenhos e listas de materiais; nove mil residências construídas no Brasil e no Paraguai; uma frota de 37 mil veículos, entre carros, caminhões e vagões ferroviários; 34 milhões de ovos consumidos e 2,2 milhões de atendimentos médicos e odontológicos num único ano.

E, coroando todos esses valores, estão os 94,6 bilhões de quilowatts-hora produzidos em 2008, que garantem à Itaipu, até hoje, o título de maior geradora de energia de todo o planeta.

Espírito jovem – Se a Itaipu nasceu para unir, no começo, dividiu: o início de tudo foi escavação de um enorme canal, por onde passariam as águas enquanto, no leito original do rio, milhares de homens trabalhariam para erguer a hidrelétrica. A “ilha” que se vê hoje das janelas do Edifício da Produção é a prova viva desse passado, cortando em dois o leito do Rio Paraná.

Desviado o rio, erguida a estrutura, começaram a chegar as gigantescas peças das unidades geradoras, em viagens que podiam levar meses. Então, em dia 5 de maio de 1984, menos de dez anos depois de criada, Itaipu deixou de ser apenas uma grande obra para tornar-se uma hidrelétrica, começando a produção industrial de energia da primeira unidade instalada.

Do primeiro giro da primeira unidade até hoje, em seu aniversário de 38 anos, Itaipu não parou de crescer. De braços abertos, ampliou os investimentos e hoje gera, além de energia, desenvolvimento sustentável para milhares de pessoas no Brasil e no Paraguai. Promove o turismo, as energias renováveis, a tecnologia e o bem-estar da população – sem jamais abandonar seu objetivo inicial.

Tanto é que, em 2012, Itaipu pode vir a bater o próprio recorde de produção de energia. Os primeiros quatro meses do ano já apontam crescimento em relação ao ano em que foi alcançada a maior produção. Impressionante? Talvez. Mas, para uma usina acostumada a grandes números, é apenas mais um desafio a superar. E, se depender do orgulho e do trabalho de cada um de seus empregados, o mundo pode se preparar: mesmo aos 38, a Itaipu ainda está longe de descansar.

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