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Bonecos “traqueostomizados” ajudam no tratamento de crianças em Foz

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Foto: Divulgação

Desde 2002, Janaína Adriana da Cunha de Lima desenvolve trabalhos na saúde pública de Foz do Iguaçu. A partir de 2014, a fonoaudióloga focou o trabalho no atendimento de crianças com traqueostomia (uma intervenção cirúrgica, que consiste na abertura de um orifício na traqueia do paciente e na colocação de uma cânula para a passagem de ar).

De lá para cá, Janaína vem aplicando técnicas para melhorar a qualidade de vida de seus pacientes, como a implementação de válvulas de deglutição Passy-Muir, que eliminam a necessidade de oclusão da cânula de traqueostomia com o dedo do paciente, permitindo que este fale de forma forte e ininterrupta, além de pesquisas nesta área, que resultaram na sua tese de mestrado, apresentada no último mês.

Para melhorar ainda mais o tratamento e o desenvolvimento destas crianças, há cerca de três semanas, Janaína implementou no Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu, o projeto “Um amigo como eu”, criado pela fonoaudióloga Daniela Felio. Ele consiste em replicar as condições de saúde das crianças em bonecos, para realizar um trabalho de inclusão com os pequenos. João e Isadora são os primeiros a participarem do projeto aqui na fronteira. E apesar do pouco tempo de implementação, Janaína já vê avanços no quadro clínico de ambos. “O João, por exemplo, participou da confecção do boneco dele, que ganhou o nome de Joãozinho. Ele colocou a cânula  de traqueostomia e o cadarço. Participar de toda a construção, permite que eles se sintam motivados e isso realmente auxilia no processo de recuperação deles, cria um vínculo entre criança e boneco. A gente passa uma atividade e eles replicam no brinquedo. Ele chegou a apresentar o brinquedo para os vizinhos, para mostrar que ele tinha um boneco ‘igual a ele’. O brinquedo acompanha a criança nas terapias e internações”, explica.

Foto: Divulgação

O desejo é que o projeto se estenda para outros pacientes, no ambulatório e também a nível hospitalar. Para que isso aconteça, a equipe do CEM precisa de doações, tanto dos bonecos, quanto dos acessórios. “Estamos arrecadando sondas nasais e abdominais, além de cânulas de traqueostomia. Não precisam ser novas, pois estas usadas utilizaremos nos bonecos. Os brinquedos podem ser de borracha ou pano. Com o auxílio da gestão e da comunidade, podemos proporcionar uma vida melhor para à eles”, finaliza.

Foto: Divulgação

Quem quiser colaborar, pode entrar em contato pelo telefone da fonoaudiologia (45) 3521-1807, no ambulatório de especialidades (45) 3521-1813 ou pelo celular (45) 99973-8051.

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