As principais obras de reforço do sistema de transmissão da usina binacional de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo, devem estar concluídas ainda este mês, segundo o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek. Assim, garante o técnico, a partir de abril a usina volta a produzir normalmente. Dos 9 mil megawatts (MW) médios gerados desde o blecaute de novembro do ano passado, Itaipu voltará a valores entre 10,8 mil e 11 mil MW médios, diz Samek.
Mesmo com a diminuição na geração, Itaipu continuou respondendo por cerca de 14% de toda a eletricidade consumida no Brasil – normalmente, o índice é pouco abaixo dos 20%. O problema ocorrido em 2009 foi provocado por problemas nas linhas de transmissão que trazem a energia ao Sudeste e, por isso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou que o sistema operasse sob o chamado regime "n-3", que garante que o abastecimento não será comprometido caso as três de linhas de Itaipu caiam novamente.
Para isso, foi preciso reduzir a produção de Itaipu, o que foi compensado com a maior geração de energia das outras hidrelétricas, que estão com bom nível nos reservatórios, e com a produção das termelétricas.
O relatório sobre a geração de energia em março mostra que a usina ainda não voltou aos índices normais de produção. Os setores de 50 e 60 Hz produziram no mês 6.603.831 megawatts-hora (MWh), cerca de 1.000 MWh a menos do que a média mensal de 2009.
