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Foz do Iguaçu é referência em práticas educativas ambientais no país

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Internacionalmente reconhecida pelas belezas naturais e pela abundância de água, Foz do Iguaçu sediou, na última semana, a edição Sul da Formação de Formadores em Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas de Educação Ambiental de Transição para Sociedades Sustentáveis. Estiveram presentes 55 pessoas, entre representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Nos três dias, também marcou presença a educadora ambiental e socióloga Moema Viezzer, a qual enfatizou a dialogicidade desta proposta e a necessidade de haver acompanhamento constante ao longo do percurso.

“Quando se chega ao nível de aterrissar o trabalho que está sendo feito pela equipe em âmbito nacional, temos a tendência de já querer ver o resultado. Tem que pensar esses processos antes, durante e depois, ao se verificar como, de fato, eles se espalham em território nacional a partir do trabalho concreto que acontece nos municípios, nas bacias hidrográficas e nas unidades de conservação,” ressaltou Moema Viezzer.

Organizado pela Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (ANPPEA), a formação ocorrida no Campus Foz do Iguaçu do Instituto Federal do Paraná (IFPR) veio para honrar a atuação exemplar do município em processos educativos ambientais. Conforme Maria Henriqueta Andrade Raymundo, coordenadora da Secretaria Executiva da organização, o município tem sido referência na área para todo o país, devido aos trabalhos significativos do Centro de Educação Ambiental do Iguaçu (CEAI); da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA); do Coletivo Educador de Foz do Iguaçu (CEMFI), da Itaipu Binacional e do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu.

A proposta da oficina foi orientar os participantes como realizar o monitoramento e a avaliação de formulações e execuções de Política Públicas de Educação Ambiental (PPEAs), a partir da vindoura plataforma MonitoraEA, a qual contém 27 indicadores agrupados em dimensões articuladas e integradas. Lançada em dezembro passado pela ANPPEA, a metodologia foi desenvolvida em parceria com o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST); do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); o Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA), o Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ); da Universidade de São Paulo (USP); e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

“Foi possível observar que o grupo presente em Foz do Iguaçu conseguiu fazer a reflexão e a análise de suas práticas cotidianas por meio dos indicadores, o que vai além de uma simples medição. Podemos nos unir muito mais do que nós imaginávamos, pois a oficina demonstrou que as dimensões articuladas e integradas podem fortalecer e, consequentemente, potencializar aquilo que já é feito,” constatou Maria Henriqueta.

Para a versão Sul da oficina, a ANPPEA contou com o apoio do CEAI e do CEMFI, que agora mantém o foco na construção da Política Municipal de Educação Ambiental (PMEA). “Vivemos dias de muito trabalho voltado ao fortalecimento das redes, e, para nós, os indicadores possibilitam qualificar nossa construção participativa do documento que vai embasar as práticas educativas ambientais no município,” analisou Rosani Borba, educadora do CEAI e gestora do CEMFI.

Lilian Zenker, coordenadora da Assessoria de Educação Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) do Rio Grande do Sul, salientou a possibilidade de maior abrangência dada pelos métodos expostos. “Esta oficina e a MonitoraEA vão cooperar com a efetiva implementação da Política Estadual e das políticas municipais no âmbito formal e não formal. Eu acredito na Educação Ambiental como instrumento de diagnóstico, uma vez que ela deve estar presente como ferramenta de gestão em todas as atividades públicas e privadas,” propôs.

Mata de São João (Bahia), o qual sediou a edição Nordeste de 25 a 27 de março, foi o primeiro município a receber a capacitação da ANPPEA. As próximas oficinas serão em Campo Grande (Mato Grosso do Sul); entre os dias 21 e 23 de maio; Vitória (Espírito Santo); entre 28 e 30 de maio; e Belém (Pará); de 05 a 07 de junho. Os resultados das cinco oficinas devem ser expostos em novembro deste ano, no seminário nacional para o lançamento da plataforma em construção.

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