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Pronta, mas ninguém pode usar: Campanha pede a abertura da nova ponte

Objetivo é enumerar demandas para construir soluções concretas a fim de iniciar a passagem de veículos pela via, que está 100% concluída
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Na sequência da campanha pela abertura da Ponte Internacional da Integração, o Codetri (Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu) irá reunir agentes públicos na fronteira para discutir medidas concretas para liberação da via ao tráfego de veículos. Os encontros estão sendo organizados em Ciudad del Este, Foz do Iguaçu e Presidente Franco.

A decisão foi tomada em reunião do conselho, simultaneamente à segunda visita técnica às obras complementares da ponte no Paraguai. A agenda será para receber, nas três cidades, autoridades que tenham relação com as obras ou com os serviços e os instrumentos de controle que irão operar na via, ou que possam contribuir com a campanha.  

Na primeira quinzena de abril, a comitiva trinacional voltou a percorrer as obras em Presidente Franco, atualizando as informações e o calendário de execução com o engenheiro Jorge Garcia, da Tocsa, empresa responsável pelas edificações na área primária. Ele confirmou que até outubro ficarão prontas as estruturas fronteiriças de cargas e turismo.

“Vamos reunir ocupantes dos governos e dirigentes de instituições públicas para sentar com a sociedade civil e empresários a fim de apontarmos quais são os entraves e as soluções a adotar para abrir a ponte”, explica o  presidente do Codetri, Roni Temp. “E será o momento para que os representantes políticos hipotequem o apoio à causa”, frisa.

O conselho pede que Brasil e Paraguai entrem em acordo e ajustem  fluxos para permitir a passagem de veículos com um ano de antecedência. Com a estrutura no país vizinho pronta no segundo semestre, será possível iniciar o tráfego, usando, na parte brasileira, a estrutura da aduana que leva à Argentina, propõe o colegiado fronteiriço.  

Força política e institucional

Em Presidente Franco, o movimento pela abertura da Ponte da Integração já conta com o apoio do prefeito Roque Godoy e das legisladoras departamentais (similares no Brasil a deputadas estaduais) de Alto Paraná Julia Ferreira e Mabel Otazú. Entre os desdobramentos do encontro, a representação parlamentar que integrou a reunião do Codetri está fazendo a mediação com o governo do departamento (estado), alinhando informações e demandas.

“Estamos conseguindo demonstrar para a sociedade a importância das Três Fronteiras verdadeiramente integradas”, avalia o presidente do Codefran, Ivan Leguizamón. “Temos as ‘Cataratas de Presidente Franco’ e outros atrativos. Com a ponte aberta, teremos não três, mas quatro destinos turísticos, um fortalecendo o outro e gerando desenvolvimento.”

Em Ciudad del Este, o Conselho de Desenvolvimento reforça a importância da campanha para a região trinacional. “Expressamos o nosso apoio total ao movimento, que veio para construir. No Paraguai, além dos benefícios para Presidente Franco, essa abertura irá desafogar o fluxo na Ponte da Amizade”, enfatiza a presidente do Codeleste, Natalia Duarte.

Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves afirma que o movimento busca resgatar a principal função da ponte: a integração. “Essa via, aguardada por tanto tempo pela comunidade trinacional, não pode permanecer sendo usada apenas para fotografias. Sua finalidade é integrar as nossas cidades e povos, gerar oportunidades e renda”, cobra.

Ponte 100% concluída

Em agosto do ano passado, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) comunicou o término da Ponte da Integração Brasil–Paraguai, sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco. As obras começaram em 2019 e custaram R$ 230 milhões, conforme o órgão estadual, que administrou a execução do serviço.

Integração e desenvolvimento

Instituído há uma década, o Codetri é formado por Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu), Codefran (Conselho de Desenvolvimento de Presidente Franco), Codeleste (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental de Ciudad de Este) e Codespi (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Puerto Iguazú). Une sociedade civil, poder público e setor privado em prol do desenvolvimento integrado do território trinacional.

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