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Qual foi a era dourada mais importante de uma equipe brasileira?

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O futebol brasileiro atual pode parecer ter donos. Flamengo, Palmeiras e agora o Atlético-MG tem enorme poderio financeiro em um contexto onde clubes tradicionais e rivais em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão afundados em dívidas. Entretanto, se há algo que o futebol brasileiro nos ensina é que períodos dourados chegam e passam com relativa rapidez.

Para 2022 quem entrar no Sporting beta verá que esses três clubes continuam favoritos para conquistar o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

As odds na plataforma de apostas colocam os três em um patamar superior, com Corinthians, Athletico, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Internacional e outros clubes vindo abaixo. É possível que alguém surja e surpreenda? Claro que sim, mas fica claro que esses times podem gerar eras vitoriosas nos próximos anos. Abaixo vamos lembrar outras eras que também meteram medo nos rivais e que se comparam ao que especialmente Flamengo e Palmeiras estão fazendo atualmente. A resposta é o leitor que dará.

Santos 1958-1965

É justo considerar o início do Campeonato Brasileiro para este texto já que antes disso o futebol era muito dividido pelos estados e pelo menos até o final dos anos 80 ser campeão estadual tinha enorme importância.

A era do Santos com o Rei Pelé começou dois anos antes, mas a partir de 1958 o time tornou-se dominante no estado de São Paulo, sendo campeão naquele ano, tricampeão entre 1960 e 1962 e bicampeão em 1964 e 1965. No Brasileirão o domínio foi ainda maior: foi pentacampeão seguido da Taça Brasil entre 1961 e 1965.

As conquistas da Libertadores em 1962 e 1963 não eram tão valorizadas como atualmente, mas mostram o poderio do clube, que ainda venceu o Milan e o Benfica nos Intercontinentais para um período de ouro que dificilmente terá paralelo no futebol brasileiro atual.

Flamengo 1980-1983

Quem mais chega perto sem dúvidas é o Flamengo de Zico. Campeão brasileiro em 1980 pela primeira vez, com o Galinho sendo artilheiro, o time repetiu em 1982 e 1983. A exceção é 1981 mas com certeza o torcedor flamenguista não se incomoda com esse ano: 81 foi o ano da conquista da Libertadores e o atropelo no Liverpool, com um 3 a 0 inquestionável.

O clube continuou vencendo nos anos 80 (Copa União) e ainda tem um Brasileirão em 1992, mas com equipes bastante mudadas e novos ídolos.

São Paulo 1991-1993

O São Paulo irá aparecer duas vezes nesta lista, a primeira delas nos anos 90. O período de dominância poderia ser ainda maior, mas uma derrota antes e uma depois “limitam” a três temporadas. Em 1990 o time de Telê Santana perdeu a final do Brasileirão para o arquirrival Corinthians. Em 1994, nos pênaltis, o Tricolor perdeu a chance de ser tri seguido da Libertadores.

No meio disso, há um título Brasileiro em 1991, duas Libertadores em 1992 e 1993 e duas conquistas intercontinentais, com vitórias marcantes contra Barcelona e Milan. Raí foi o cara nesse período iluminado do São Paulo.

São Paulo 2005-2008

Apesar de muitas mudanças no elenco e até de treinador (Paulo Autuori para Muricy Ramalho), é preciso colocar o São Paulo dos anos 2000 na lista pelos anos seguidos de conquistas incríveis. A terceira Libertadores veio em 2005 com uma goleada contra o Atlético-PR e o terceiro mundial em uma atuação de gala de Rogério Ceni contra o Liverpool. Os anos seguintes foram de desilusões continentais (inclusive uma final perdida em 2006 para o Inter), mas três títulos brasileiros consecutivos de consolo: 2006, 2007 e 2008, o último deles tirando uma enorme vantagem.

Palmeiras 2016-2021

É um sinal dos tempos que os clubes vitoriosos brasileiros precisem vender jogadores e trocar de técnicos mais que os grandes clubes de décadas anteriores. Mesmo assim é possível englobar esta era do Palmeiras desde 2016, quando venceu o Campeonato Brasileiro, passando por 2018 (mais um Brasileirão) e as duas Libertadores em 2020 e 2021, vencendo Santos e Flamengo.

O Palmeiras vai continuar nessa sequência incrível e inesquecível? É possível, mas até times mais marcantes tiveram suas eras interrompidas. Essa é a graça do futebol brasileiro.

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