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Caso estivesse vivo, Ayrton Senna completaria 50 anos no domingo (21)

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Os torcedores de Fórmula 1 ainda mantém forte a imagem de Ayrton Senna na memória. Caso o piloto brasileiro ainda estivesse vivo, completaria 50 anos de idade no domingo (21). Obcecado pela vitória, sempre, Ayrton não teve tempo de conquistar mais títulos e ampliar seus recordes. Morreu tragicamente em um acidente na curva Tamburello (hoje inexistente) no GP de San Marino, em Ímola, na Itália, em 1994.

Pilotava uma Williams, um dos carros mais rápidos até então. Mas não estava com sorte naquele início de temporada, com abandonos nas duas primeiras corridas, no Brasil e no GP do Pacífico, no circuito de Aida, no Japão.

Já não precisava provar nada a ninguém. Tricampeão mundial em 1988, 1990 e 1991. Todas com a equipe McLaren. Possuía 41 vitórias, 65 pole-positions, 614 pontos conquistados e 19 voltas rápidas. Tudo isso em 161 corridas disputadas.

Algumas vitórias foram marcantes e ficaram para a história. Como a primeira, debaixo de muita chuva em Estoril, Portugal, no ano de 1985. Uma das pistas em que mais gostava de correr era em Mônaco, onde conquistou seis vitórias. A primeira delas, em 1987, último ano na Lótus. Mas em 1992, foi uma das mais espetaculares. Pois a Williams, “de outro mundo”, como Senna costumava dizer e que era pilotada pelo inglês Nigel Mansell, estava colada em Senna nas últimas voltas, mesmo assim, o brasileiro manteve o sangue frio e cruzou a linha de chegada em primeiro.

Títulos Mundiais – Os três títulos conquistados por Ayrton Senna na Fórmula 1, dariam um capítulo especial cada. Tamanha foi a emoção e dramaticidade de cada um deles. O primeiro, em 1988, na estreia pela McLaren, Ayrton precisava vencer o GP do Japão para faturar o título. Largou na pole, mas logo teve problemas no carro e foi ultrapassado por todos. Saiu em 19º, terminou a primeira volta em 16º. Era o começo de uma recuperação fantástica. Aos poucos foi ultrapassando todos os adversários. Por dentro, por fora, na curva, na reta. Algumas voltas depois e já encontrava seu rival, o francês Alain Prost.

Começou então a cair uma chuva fina, não para encharcar, mas para deixar a pista úmida. Fez a diferença a favor de Ayrton. Na reta dos boxes, entrou no vácuo do companheiro de equipe, tirou para a direita e fez a ultrapassagem. Prost até tentou fechar a porta, mas era tarde. Senna assumia a liderança e algumas voltas depois conquistava o título mundial.

A corrida do segundo título mundial durou poucos metros. Como forma de vingança pela desclassificação em 1989 – quando Prost, que tinha vantagem, jogou o carro em cima de Senna para causar o abandono dos dois, o brasileiro seguiu, venceu, mas não levou – Ayrton não tirou um centímetro o pé do acelerador na primeira curva. Bateu na Ferrari do francês, ambos abandonaram. Desta vez a vantagem era de Senna, que ficou com o bicampeonato.

O terceiro título, também conquistado no Japão, veio através de uma atrapalhada do inglês Nigel Mansell. Senna ficou mais atrás para segurar o piloto da Williams, que na ânsia de ultrapassar o brasileiro, foi parar na caixa de brita e de lá não saiu mais. Senna foi pra cima, passou pelo companheiro Berger, mas depois deixou o amigo vencer, como forma de reconhecimento pela ajuda no título.

As vitórias no Brasil – Foram duas as vitórias de Ayrton Senna no Brasil. Em 1991, a mais dramática. Senna largou na pole, e Mansell havia tido problemas de motor. A única ameaça era o italiano Ricardo Patrese, também na Williams.

Nas últimas voltas o brasileiro foi perdendo as marchas. Restando sete voltas para acabar a corrida, só entravam a sexta e segunda marcha. O desgaste físico para tentar segurar o carro era imenso e, por pouco, Senna não desistiu. Venceu e desabou de cansaço no final.

Em 1993, uma corrida que teve de tudo. Chuva, sol, batidas, ultrapassagens. Tudo que uma corrida de Fórmula 1 deve ter. Ayrton saiu em terceiro, mas conseguiu vencer novamente as Williams, desta vez pilotadas por Alain Prost e Damon Hill.

Caso Senna estivesse vivo ainda, não se sabe ao certo o que poderia estar fazendo, nem quantos títulos mais ele teria conquistado. Na atual temporada da Fórmula 1, o sobrenome mais famoso do automobilismo nacional voltou a figurar no padock. Trata-se do sobrinho de Ayrton, Bruno.

Porém, o garoto está numa equipe muito inferior às demais, a Hispania. A pressão pela comparação com o tio é inevitável. Só que Bruno não se deixa levar pelos comentários e pilota com a consciência que tem. A certeza é que o tio, desde 1994, faz e continuará fazendo falta a muitos fãs, não só brasileiros, mas estrangeiros também. Pois, mortes como a de Senna, raramente dá para se conformar, embora o esporte seja de risco. Só que o legado deixado pelo piloto tricampeão, este será lembrado para sempre.
 

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