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A internet é a nova revolução

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Durante esta semana, os moradores de Foz do Iguaçu quebraram mais um paradigma, onde concluo que o mundo virtual e o real estão finalmente se fundindo.

Tudo começou com a construção de um totem institucional da concessionária que administra a Br-277, a Ecocataratas, no trevo de acesso a Vila A. Na sexta-feira (13) o empresário Paulo Angeli compartilhou uma foto no Facebook, e isso foi o estopim para um verdadeira revolução.

A foto que aparece Paulo Angeli amarrando uma faixa com os dizeres: “Este é o símbolo de nossa derrota”, derrubou a expectativa que os iguaçuenses construíram para um viaduto ou uma trincheira naquele local. Contribuindo para um ar de indignação contra a concessionária.

A partir da foto, compartilhada por dezenas de pessoas, surgiu a ideia do protesto no local. O convite foi feito pelas redes sociais com um evento na própria página do Facebook, mas não é na ação física que darei maior atenção e sim no movimento que surgiu espontaneamente na web.

Em Foz do Iguaçu, finalmente, os produtos e ações da web está se tornando cada vez mais presente na vida das pessoas. É como se o virtual e o real estivesse se tornando um só, porém uma observação aqui é importante: o virtual tem apresentado mais resultado, quando a questão é unir as pessoas em uma causa. E o óbvio: é preciso ficar atento.

Dezenas de veículos de comunicação que noticiaram a mobilização da comunidade não apresentaram as métricas e o comparativo de onde (no físico ou no virtual) foi mais positivo.
 

 
Compartilhamento de foto no Facebook mobilizou um número 8 vezes maior que a quantidade de participantes no protesto realizado na quarta-feira (15)

 

Para se ter uma ideia, em uma só foto postada pelo publicitário André Crevilaro no ato da mobilização foi compartilhada, até o momento, por 812 pessoas. Pasmem, 8 vezes maior que o número de participantes do ato.

Com o ritmo alucinante de nossas atividades de trabalho, ainda tentando conciliar tudo com a família, nossa sociedade perdeu os valores de “protesto físico”, tão presente na década de 80. Hoje o ato de pegar a bandeira, o nariz de palhaço e as caras pintadas deram lugar as redes sociais. Atualmente podemos afirmar, por motivos antropológicos, que compartilhar algo no mural ou fazer alguma crítica em uma postagem no Twitter é tão especial quanto segurar a bandeira em uma praça pública.

Mas será que as autoridades estão observando com cuidado esses movimentos? (Que não deixam de ser movimentos de mobilização social, até com um poder de eco muito maior).

Um protesto que reúne quase mil pessoas (como no exemplo da foto compartilhada pelo André Crevilaro) não pode ser ignorado.

 

 


 

Garon Piceli é editor do portal Clickfoz, aspirante as novas tecnologias e formas de comunicação. Siga ele no Twitter: @garonpiceli

 

 

 

 

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