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Ferroeste projeta aumentar cargas para 3,6 milhões de toneladas em 2010

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Antes de construir o novo ramal que vai ligar Guarapuava ao Porto de Paranaguá, a Ferroeste projeta aumentar, no curto prazo, a quantidade e a qualidade da oferta do transporte ferroviário na região Oeste, beneficiando produtores do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai. A linha da Ferroeste existente entre Guarapuava e Cascavel, com 250 quilômetros de extensão, tem capacidade para transportar 5 milhões de toneladas, anualmente. “Mas transportamos apenas 1,9 milhão”, alerta o presidente da empresa, Samuel Gomes. “Nosso terminal, em Cascavel, tem área de 1,7 milhão de m2 e apenas um terço está ocupado”, acrescenta.

Para concretizar essas metas, o presidente da Ferroeste e representantes de empresas que movimentam diferentes produtos no Porto de Paranaguá (granéis líquidos, contêineres, fertilizantes, soja, açúcar e cargas congeladas) reuniram-se com o superintendente do Porto de Paranaguá (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza, e o diretor do Porto de Antonina, Paulo Rocha.

O superintendente informou que a Appa vai assegurar o embarque e desembarque dos vagões no Porto, conforme os contratos assinados pela Ferroeste. “Somos parceiros de projetos que incrementam a economia do Paraná. O Porto entra como um interveniente dessas relações comerciais entre a Ferroeste e os terminais portuários. A Appa se alinha à Ferroeste para que nossa ferrovia tenha essa viabilidade operacional plena”, afirmou.

META – No encontro, Gomes apresentou as metas de ampliar os contratos para o transporte ferroviário de cargas com destino ao terminal portuário e de expandir a malha ferroviária a partir de Guarapuava com destino a Paranaguá. “Vamos aumentar o poder de tração da ferrovia com a aquisição de locomotivas e contamos com o fechamento de novos contratos para atingir 3,6 milhões de toneladas em 2010”, disse Gomes. Esse é o limite representado pelo ‘gargalo’ logístico da ferrovia administrada pela ALL, a partir de Guarapuava, afirma Samuel Gomes.

A parceria com a Appa visa garantir o cumprimento dos contratos ferroviários firmados no Oeste do Paraná. “O Estado do Paraná investiu US$ 363 milhões para construir a ferrovia”, informa Gomes, e, “passados 15 anos, ela ainda não está plenamente utilizada”, afirma. A Ferroeste já tomou várias medidas para incrementar a movimentação de sua ferrovia. Uma delas é a aquisição de novas locomotivas, mais potentes e modernas, para aumentar a capacidade de transporte e melhorar o padrão operacional da ferrovia. As novas locomotivas também vão reduzir o consumo de diesel e os gastos com manutenção.

A Ferroeste também está oferecendo gratuitamente áreas no Terminal de Cascavel para as empresas que queiram instalar equipamentos de transbordo e armazenagem provisória. A empresa oferece ainda, no curto prazo, frete 20% a 30% menor que o frete rodoviário médio, beneficiando usuários como a Coamo que, depois que começou a utilizar a linha da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava, teve uma redução superior a 30% no valor do frete. Quando o ramal Guarapuava-Paranaguá estiver construído, assegura o presidente da Ferroeste, a redução poderá alcançar 40%.

Com esse leque de medidas, Gomes espera que as cooperativas, cerealistas, tradings e operadores logísticos celebrem negócios com a Ferroeste, nos termos ofertados pelo governo do Estado: contratos de longo prazo, volumes determinados, tarifa justa, compra dos vagões do registro de preços, investimentos no Terminal de Cascavel. “A hora é de união do governo e do setor produtivo para derrubar em curto prazo o preço do transporte no Paraná. Agindo juntos, podemos realizar este sonho”, finaliza.

OESTE É PRETERIDO – Samuel Gomes lembra que as cargas ferroviárias provenientes do Oeste do Paraná, para chegar ao porto, têm que passar pelas linhas da ALL, o que dificulta o fechamento de contratos. “Os clientes não acreditam que a Ferroeste possa assegurar que os vagões, próprios e de terceiros, percorrerão as linhas exploradas pela empresa privada, de Guarapuava até o Porto, no tempo combinado e que voltarão a Guarapuava na data e horário contratados”, afirma.

“Inaceitável” é a definição de Gomes para a situação operacional até agora existente. “Perdem o Paraná e a Ferroeste, que fica impedida de utilizar adequadamente a linha que construiu com investimento de US$ 363 milhões. Perde o Porto de Paranaguá, que fica privado de melhorar sua produtividade através do aumento da movimentação de cargas por modal ferroviário. E, fundamentalmente, perdem os produtores, que se encontram impedidos de beneficiar-se de um transporte mais barato, como o que a Ferroeste oferece através das medidas de atração de investimentos e parcerias estratégicas”.

 

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