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Foz do Iguaçu amarga pouco movimento em julho

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Itaipu Binacional
A redução do movimento nas Cataratas do Iguaçu nos primeiros 14 dias de julho de 2009 em comparação com o ano passado é de 29%

Satisfação, tranqüilidade e alegria não são as palavras que melhor definem a situação dos empresários da rede hoteleira e estabelecimentos ligados ao turismo em Foz do Iguaçu em julho de 2009. Ao contrário dos anos anteriores, quando os hotéis da cidade registraram quase 70% de ocupação, conforme boletim disponibilizado no site da Secretaria Municipal de Turismo, a previsão de alguns hoteleiros entrevistados pelo Click Foz do Iguaçu é de que a queda no movimento no final do mês seja superior a 20%. O movimento nos atrativos e agências de turismo e na rodoviária também reflete a redução do fluxo de visitantes.

No Parque Nacional do Iguaçu (PNI), considerado o principal termômetro do movimento turístico na cidade, o número de visitantes caiu aproximadamente 29%. Segundo dados da assessoria de imprensa do PNI, de 1º a 14 de julho de 2009, o número de visitantes ultrapassa pouca coisa a casa dos 28.500. Em contrapartida, no mesmo período em 2008, 40.156 pessoas visitaram as Cataratas do Iguaçu do lado brasileiro, ou seja, a redução foi de quase 12 mil pessoas. A maior queda foi no número de brasileiros. Este ano pouco mais de 13 mil visitaram as Cataratas, contra quase 21.300 no ano passado.

A retração também se observa no número de pessoas que chegam à cidade nas primeiras semanas de julho pelo terminal rodoviário de Foz do Iguaçu. Dados da Aterfi – administradora de terminais rodoviários – que responde pelo terminal da cidade, apontam que de 1º a 13 de julho deste ano o número de desembarque na cidade foi 16.838, contra 19.155 no mesmo período do ano passado – redução de 12,10%. O movimento no aeroporto não foi informado à reportagem do Click Foz do Iguaçu  porque, segundo a administração do aeroporto, os relatórios somente podem ser fechados ao término do mês.

Hotéis e agências – A queda no movimento no Parque Nacional do Iguaçu se repete nas planilhas de faturamento da rede hoteleira e das agências de turismo de Foz do Iguaçu. Um hotel 4 estrelas, que tem por foco o público de Curitiba e  das cidades do norte do Paraná, também está sentindo o baixo movimento em julho deste ano. O estabelecimento não informou o percentual de redução no número de reservas neste mês em comparação com 2008 porque ainda não consegue mensurar o prejuízo, mas afirma que a ocupação está significativamente abaixo do ano passado.

O gerente comercial de outro hotel quatro estrelas da cidade também se queixa da baixa taxa de ocupação e espera uma redução de 20 a 25% no mês de julho.

No caso das agências de turismo, o cenário não é mais animador. Algumas chegam a registrar queda de 30% na venda de pacotes. “Nas últimas semanas, atendemos dezenas de clientes que queriam cancelar seus pacotes para Foz do Iguaçu por medo da gripe. A falta de informação foi o principal agravante desse cenário”, afirma Marcos Ciavaglia, da Loumar Turismo. O diretor explica que em alguns caso até conseguiram esclarecer aos turistas que o número de pessoas infectadas com a nova gripe em Foz do Iguaçu é reduzido (apenas 4 pessoas, atualmente), e que a preocupação maior é em Bueno Aires, cidade argentina situada há mais de 1300 quilômetros de Foz do Iguaçu. “Apesar de nossos esforços para esclarecermos o cenário na tríplice fronteira, a procura reduzida de clientes – bem diferente de anos anteriores – e o alto número de cancelamentos resultará em 30% a menos no faturamento estimado para julho de 2009 comparando com 2008”, lamenta Ciavaglia.

Motivos – A instabilidade econômica, fruto da crise financeira que abalou o mundo no segundo semestre de 2008, e a pandemia de gripe suína (vírus Influenza H1N1) são apontados como os fatores principais para essa retração. Soma-se a isso, a falta de divulgação promocional do Destino. “Focou-se muito na propaganda institucional, que com certeza trará retorno a longo prazo, como a campanha Vote Cataratas. Contudo, foi deixado de lado a divulgação promocional que é o que garante o movimento imediato”, argumenta um profissional que trabalha na rede hoteleira da cidade, mas prefere não se identificar.

Júlio Cesar Andrade, executivo de contas de um hotel de Foz do Iguaçu, acredita que outro agravante são as declarações oficiais tanto de autoridades brasileiras – não recomendando viagens a Foz do Iguaçu e região – como por parte do Governo argentino. “Está ‘circulando’ em Buenos Aires boatos de que o governo brasileiro cogita fechar as fronteiras devido à pandemia de gripe suína. É uma retaliação às declarações do nosso ministro da saúde, que também prejudicou o turismo para eles”, destaca o executivo. Ele comenta que haviam vários grupos argentinos confirmados para julho, mas muitos cancelaram. Andrade reforça a queixa de Ciavaglia, afirmando que além dos pedidos de cancelamento das reservas feitas há algum tempo, a procura pelo Destino em si está baixa.

 

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