O secretário estadual da Saúde do Paraná, Gilberto Martin, reuniu-se na quarta-feira (15) com os secretários Luiz Eduardo Cherem, de Santa Catarina, e Osmar Terra, do Rio Grande do Sul, para debater questões estratégicas sobre a nova gripe. O encontro deu início à unificação de um protocolo para os três Estados em relação à doença.
Martin afirmou que os três secretários têm como objetivo estabelecer ações no que se refere ao controle da Influenza A (H1N1) nos estados do Sul. “A finalidade é unificar as ações nos três estados, uma vez que eles têm a mesma característica climática e a mesma preocupação com a região de fronteira”, explicou o secretário de Saúde do Paraná, que também coordena a comissão de saúde do Codesul.
Uma das idéias levantadas no encontro é desenvolver uma ação integrada visando à cobertura de todos os postos de fronteira, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, responsável pela fiscalização nestas áreas. Uma proposta de unificação dos protocolos deve encaminhada aos ministérios da Saúde do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Quanto ao tempo de resposta para o resultado dos exames, hoje realizados apenas no Evandro Chagas, Adolfo Lutz e Fiocruz, os secretários reiteraram a posição de descentralização para laboratórios na região Sul que tenham condições técnicas e de recursos humanos para realizá-los. “Vamos intensificar a vigilância na área de fronteira nos três estados do sul para tentar evitar o crescimento do número de casos. Também reiteramos o pedido ao Ministério da Saúde para que os exames sejam realizados nos Lacens”, afirmou o secretário do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, para depois completar: “Os Lacens (Laboratório Central do Estado) do Paraná e do Rio Grande do Sul estão preparados para realizar estes exames e poderão colaborar na realização dos exames”.
Para Luiz Eduardo Cherem, secretário de Saúde de Santa Catarina, o principal objetivo da reunião foi unificação das ações nos três estados do sul, uma vez que estes se diferenciam do resto do país pela condição climática e pela extensa região de fronteira com Argentina. “Temos uma preocupação diferente dos outros estados da Federação, uma vez temos fronteira aberta com a Argentina, país com grande número de casos confirmados”, afirmou.
O diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Francisco Paz; o diretor de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luiz Antônio Silva; e o superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, José Lúcio dos Santos, participaram da reunião que foi recomendada pelos quatro governadores que se reuniram na quarta-feira (8), em Florianópolis. O Estado do Mato Grosso do Sul está em sintonia com as propostas, embora a agenda da secretária daquele estado não tenha permitido a sua participação.
